O Supremo Tribunal Federal (STF) está atualmente envolvido em um julgamento de grande relevância, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados. Este caso tem atraído atenção significativa devido à sua complexidade e às figuras envolvidas. A análise em questão diz respeito a uma suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022, conforme denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ministro Luiz Fux, em uma decisão nesta terça-feira (25/3), divergiu do relator Alexandre de Moraes ao acolher uma preliminar que solicitava a análise do caso em Plenário. Fux argumentou que a matéria não é pacífica e que, devido à quantidade de partes envolvidas, o julgamento deveria ocorrer no Plenário. Essa posição, no entanto, não foi acompanhada pela maioria dos ministros da Primeira Turma do STF.
Qual é a posição dos ministros do STF?
Ministro Luiz Fux, do STF, abre divergência e manifesta que caso da trama golpista deveria ser analisada pelo plenário da Corte, e não por uma das turmas: “Ou nós estamos julgando pessoas que não exercem funções públicas, ou estamos julgando pessoas que exercem essas funções.” A… pic.twitter.com/SY8c7crOtr
— GloboNews (@GloboNews) March 25, 2025
O relator do caso, Alexandre de Moraes, defendeu que todos os acusados devem receber o mesmo tratamento, sem distinções. Sua posição foi apoiada por outros ministros, incluindo Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Essa decisão reflete a busca por uma abordagem uniforme e imparcial no tratamento dos envolvidos, independentemente de suas posições ou cargos anteriores.
Por outro lado, a divergência apresentada por Luiz Fux destaca a complexidade do caso e a importância de um debate mais amplo sobre o local apropriado para o julgamento. A discussão sobre a prerrogativa de foro e a necessidade de um julgamento em Plenário são questões centrais nesse contexto.
“Essa matéria não é tão pacífica assim, foi mudada e remudada. No meu modo de ver, se fosse tão pacífica… depois da mudança do regimento, dias atrás, fui vencido. Ou estamos julgando pessoas que têm prerrogativa e o local correto seria o Plenário. O fato de que há inúmeras ações decorre exatamente de que o número de partes envolvidas é multitudinário”, afirmou Fux ao votar.
Como o julgamento pode impactar?
O julgamento no STF tem potencial para influenciar significativamente o cenário político brasileiro. A acusação de tentativa de golpe de Estado é grave e, se comprovada, pode ter consequências duradouras para os envolvidos e para a estabilidade política do país. O desfecho do caso pode afetar a percepção pública sobre o sistema judiciário e a confiança nas instituições democráticas.
Além disso, o julgamento pode estabelecer precedentes importantes para casos futuros, especialmente no que diz respeito ao tratamento de figuras públicas e à aplicação da lei em situações de alta complexidade política. A decisão final do STF será observada de perto por analistas políticos, juristas e pela população em geral.
Qual o futuro do julgamento?

Com a maioria dos ministros da Primeira Turma do STF se posicionando contra a preliminar acolhida por Luiz Fux, o julgamento deve prosseguir conforme planejado. O foco agora está na análise das provas apresentadas pela PGR e na defesa dos acusados. O processo deve seguir os trâmites legais estabelecidos, garantindo o direito ao contraditório e à ampla defesa.
O STF continuará a desempenhar um papel crucial na condução do julgamento, assegurando que todas as etapas sejam cumpridas de acordo com a legislação vigente. A expectativa é que o caso seja resolvido com transparência e justiça, reforçando o compromisso do tribunal com a imparcialidade e a integridade.