Nesse domingo (23/3), Dilma Rousseff anunciou sua reeleição como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), mais conhecido como Banco dos Brics. Este banco foi criado para apoiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros, que incluem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de outros países parceiros como Irã e Arábia Saudita.
A indicação de Dilma para continuar à frente do NDB foi feita pelo presidente russo Vladimir Putin, com apoio do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. A sede do banco está localizada em Xangai, e Dilma assumiu o cargo em abril de 2023, com mandato previsto até julho de 2025.
Como o Banco dos Brics se destaca?

O Banco dos Brics desempenha um papel crucial no financiamento de projetos que promovem o desenvolvimento sustentável e a infraestrutura nos países membros. Desde sua criação, a instituição tem se concentrado em oferecer alternativas de financiamento que não dependam das tradicionais instituições financeiras ocidentais. Este enfoque é especialmente relevante em um cenário global onde as economias emergentes buscam maior autonomia financeira.
Além dos cinco membros fundadores, o banco tem expandido sua influência ao incluir novos membros e parceiros, ampliando assim seu alcance e capacidade de investimento. A inclusão de países como Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos exemplifica essa expansão e o interesse crescente em participar de uma plataforma financeira multilateral que oferece condições mais favoráveis de financiamento.
- Foco no Sul Global: O NBD foi criado com o objetivo de financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países emergentes e em desenvolvimento, concentrando-se nas necessidades específicas dessas nações.
- Alternativa às Instituições Tradicionais: O banco se apresenta como uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), oferecendo um modelo de financiamento que busca ser mais alinhado com as prioridades dos países em desenvolvimento.
- Governança Multilateral: O NBD é governado por seus membros, com igualdade de participação e poder de voto, o que garante que as decisões sejam tomadas de forma coletiva e representem os interesses de todos os países envolvidos.
- Financiamento de Projetos Sustentáveis: O banco prioriza o financiamento de projetos que promovam o desenvolvimento sustentável, com foco em energias renováveis, infraestrutura verde e outras iniciativas que contribuam para a mitigação das mudanças climáticas.
- Expansão da Membresia: Além dos membros fundadores do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o NBD tem expandido sua membresia para incluir outros países em desenvolvimento, como Bangladesh, Emirados Árabes Unidos e Egito, aumentando sua representatividade global.
Quais os desafios e perspectivas para o futuro?
O NDB enfrenta desafios significativos, como a necessidade de equilibrar os interesses diversos de seus membros e parceiros, além de lidar com a instabilidade econômica global. A reeleição de Dilma Rousseff ocorre em um momento de incertezas econômicas, exacerbadas por tensões comerciais e políticas internacionais.
Durante o Fórum de Desenvolvimento da China, o primeiro-ministro chinês Li Qiang destacou a importância de abrir mercados para combater a instabilidade global. Este alerta é relevante para o NDB, que precisa navegar em um ambiente de crescente protecionismo e incertezas econômicas.
Como o NDB pode influenciar o cenário global?
Bom Dilma! Para fechar com chave de ouro essa viagem espetacular à China 🇨🇳 tive uma última aula sobre o país com a presidenta @dilmabr que está afiadíssima. Confira na TV 247 a entrevista exclusiva: https://t.co/kxnvQkyI8U pic.twitter.com/uczZB55I1N
— Leonardo Attuch (@AttuchLeonardo) March 15, 2025
O NDB tem o potencial de influenciar significativamente o cenário econômico global ao oferecer uma alternativa viável às instituições financeiras tradicionais. Ao financiar projetos que promovem o desenvolvimento sustentável, o banco pode ajudar a mitigar os impactos das mudanças climáticas e fomentar o crescimento econômico em regiões subdesenvolvidas.
Além disso, ao fortalecer a cooperação entre os países membros, o NDB pode promover uma maior integração econômica e política, contribuindo para a estabilidade global. O papel de Dilma Rousseff como presidente do banco será crucial para navegar esses desafios e aproveitar as oportunidades que surgirem.
O Novo Banco de Desenvolvimento, sob a liderança de Dilma Rousseff, continua a ser uma peça chave no financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros e parceiros. Com sua reeleição, Dilma tem a oportunidade de consolidar a posição do NDB como uma alternativa viável às instituições financeiras tradicionais, promovendo o crescimento econômico e a estabilidade global.