Divulgado nesta segunda-feira (10/3), um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou um aumento significativo no custo da cesta básica em diversas capitais brasileiras. Em fevereiro de 2025, 14 das 27 capitais registraram alta nos preços em comparação com janeiro. Este fenômeno tem gerado preocupações, especialmente entre as famílias de baixa renda, que veem uma parte maior de seu orçamento comprometida com a alimentação.
Recife liderou o aumento com uma alta de 4,44%, seguida por João Pessoa com 2,55% e Natal com 2,28%. Em contrapartida, Goiânia apresentou a maior redução, com uma queda de 2,32%. O aumento nos preços da cesta básica é um reflexo de diversos fatores econômicos e climáticos que afetam a produção e distribuição de alimentos no país.
Como os itens impactaram o aumento da cesta básica?

Entre os itens que compõem a cesta básica, o café destacou-se como o produto com maior variação de preço. Em São Paulo, o preço do café subiu 6,66%, enquanto em Florianópolis o aumento foi de impressionantes 23,81%. Essa variação foi observada em todas as capitais, indicando um impacto generalizado no custo de vida dos brasileiros.
A cesta básica avaliada pelo Dieese inclui produtos essenciais como feijão, arroz, carnes, ovos, leite, queijos, açúcar, sal, óleo, frutas, legumes e verduras. A alta nos preços desses itens reflete diretamente no orçamento das famílias, especialmente as de baixa renda, que já enfrentam desafios financeiros significativos.
Como o aumento da cesta básica afeta as famílias brasileiras?
O aumento no custo da cesta básica afeta principalmente as famílias de baixa renda, que destinam uma parte significativa de seu orçamento para a alimentação. Em São Paulo, a cesta básica é a mais cara do país, custando R$ 860,53. Seguem-se o Rio de Janeiro, com R$ 814,90, e Florianópolis, com R$ 807,71. Esses valores representam um desafio para muitas famílias, que precisam ajustar suas despesas para acomodar o aumento nos preços dos alimentos.
Além disso, o aumento dos preços pode levar a uma redução no consumo de alimentos essenciais, impactando a nutrição e a saúde das famílias. A inflação dos alimentos é uma preocupação constante, pois afeta diretamente o bem-estar da população.
- Redução do poder de compra: Com o aumento dos preços dos alimentos básicos, as famílias precisam destinar uma parcela maior de sua renda para a compra desses itens, o que diminui o dinheiro disponível para outras necessidades, como moradia, saúde e educação.
- Insegurança alimentar: O aumento da cesta básica pode levar à insegurança alimentar, que é a falta de acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficientes. Isso pode levar à desnutrição e outros problemas de saúde, especialmente em crianças.
- Endividamento: Para suprir a necessidade de alimentos, muitas famílias recorrem ao endividamento, o que pode gerar um ciclo de dificuldades financeiras.
- Desigualdade social: O aumento da cesta básica afeta de forma mais intensa as famílias de baixa renda, o que contribui para o aumento da desigualdade social.
- Impacto na saúde: A necessidade de economizar leva as famílias a optarem por alimentos mais baratos e menos nutritivos, o que pode prejudicar a saúde a longo prazo.
Quais são as perspectivas para o futuro dos preços?
As perspectivas para os preços da cesta básica no Brasil dependem de uma série de fatores, incluindo condições climáticas, políticas econômicas e a situação global dos mercados de alimentos. A inflação dos alimentos é um desafio que requer atenção contínua das autoridades e medidas eficazes para mitigar seus efeitos sobre a população.
É essencial que o governo e as entidades responsáveis busquem soluções para estabilizar os preços dos alimentos e garantir o acesso a uma alimentação adequada para todos os brasileiros. A implementação de políticas públicas eficazes pode ajudar a reduzir o impacto da inflação alimentar e melhorar a qualidade de vida das famílias em todo o país.