Nos últimos anos, a indústria automotiva tem passado por transformações significativas, com um foco crescente em tecnologias sustentáveis. Um exemplo notável é o desenvolvimento de carros híbridos flex, que combinam motores a combustão com sistemas elétricos, oferecendo uma alternativa mais ecológica aos veículos tradicionais. No Brasil, a Stellantis tem liderado essa inovação com a inauguração do TechMobility, um centro dedicado ao desenvolvimento de produtos e mobilidade híbrida-flex.
Localizado em Betim, Minas Gerais, o TechMobility da Stellantis representa um passo importante para a indústria automotiva nacional. Este centro não apenas impulsionará a criação de novos modelos híbridos, mas também servirá como um polo de capacitação para profissionais do setor. Com um investimento significativo planejado para os próximos anos, a Stellantis está comprometida em expandir sua presença no mercado de veículos eletrificados na América Latina.
Quais são os planos da Stellantis para o mercado de híbridos flex?
A Stellantis, que abriga marcas renomadas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, anunciou um investimento de R$ 32 bilhões para o Brasil e a América Latina entre 2025 e 2030. Parte desse montante será direcionada ao desenvolvimento de carros híbridos flex, com o lançamento de 40 novos produtos e oito conjuntos mecânicos, muitos deles eletrificados. Este movimento reflete a estratégia da empresa de liderar a transição para veículos mais sustentáveis na região.
Os primeiros modelos híbridos flex da Stellantis, como o Fiat Pulse e o Fastback Hybrid, já estão em produção. Esses veículos utilizam um sistema híbrido leve de 12V, combinando um motor a combustão com um motor-gerador elétrico. A expectativa é que essa tecnologia também seja aplicada em outros modelos, como o Peugeot 2008 e 208, ampliando a oferta de veículos híbridos no mercado.

Como funcionam os sistemas híbridos desenvolvidos pela Stellantis?
Os sistemas híbridos desenvolvidos pela Stellantis são variados, abrangendo desde híbridos leves até plug-in. O sistema Bio-Hybrid e-DCT, por exemplo, é uma inovação que integra dois motores elétricos. Um deles é um motor-gerador de 12V, enquanto o outro, mais potente, opera com uma arquitetura de 48V. Este sistema permite que o motor elétrico funcione de forma independente em certas situações, como partidas e manobras em baixa velocidade.
Além disso, a Stellantis planeja introduzir o sistema Bio-Hybrid Plug-in, que já é utilizado no Compass 4XE. Este sistema inclui uma bateria de lítio de 380V, capaz de ser recarregada por regeneração durante desacelerações, pelo motor a combustão ou por carregadores externos. A tecnologia permite que o veículo opere em modo totalmente elétrico por distâncias curtas, aumentando a eficiência energética e reduzindo as emissões.
Qual é o impacto dos carros híbridos flex no mercado automotivo brasileiro?
O desenvolvimento de carros híbridos flex no Brasil representa um avanço significativo para a indústria automotiva nacional. Com a crescente demanda por veículos mais sustentáveis, a introdução de tecnologias híbridas flexíveis oferece uma solução viável para reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Além disso, a capacitação de profissionais e a criação de novos empregos no setor são benefícios adicionais que acompanham essa inovação.
À medida que a Stellantis e outras montadoras investem em tecnologias híbridas, espera-se que o mercado brasileiro se torne um importante centro de produção e desenvolvimento de veículos eletrificados. Isso não apenas impulsionará a economia local, mas também posicionará o Brasil como um líder na transição para uma mobilidade mais sustentável.