A Disney enfrentou uma crise significativa devido a declarações polêmicas da atriz Rachel Zegler, protagonista do live-action de Branca de Neve. A situação começou quando Zegler expressou seu apoio à Palestina em uma postagem nas redes sociais, gerando uma onda de reações negativas. A atriz israelense Gal Gadot, que também participa do filme, foi alvo de ameaças e comentários antissemitas, o que levou a Disney a tomar medidas para proteger seus interesses e a segurança de seus talentos.
O produtor Marc Platt se envolveu diretamente na gestão da crise, tentando mitigar os danos causados pelas declarações de Zegler. A Disney contratou um especialista em redes sociais para monitorar as publicações da atriz, visando evitar novos episódios que pudessem prejudicar a imagem do filme. A estratégia de gestão de crise também incluiu o reforço da segurança de Gal Gadot, que se viu no centro de uma controvérsia não planejada.
Como a Disney gerenciou a crise?

A gestão de crise da Disney envolveu uma série de ações para conter os efeitos das declarações de Rachel Zegler. A contratação de um consultor especializado em imagem digital foi uma das medidas adotadas para revisar e monitorar as redes sociais da atriz. Essa iniciativa visava prevenir novas polêmicas que pudessem impactar negativamente o lançamento do filme, que teve um orçamento de US$ 250 milhões, sem contar o investimento em marketing.
Além disso, a Disney precisou lidar com críticas internas sobre a forma como a situação foi gerida. Alguns agentes sugeriram que o estúdio deveria ter agido preventivamente, uma vez que Zegler já havia feito comentários críticos sobre a versão original de Branca de Neve, de 1937, chamando-a de ultrapassada e machista. A falta de uma resposta antecipada pode ter contribuído para a amplificação das controvérsias em torno do filme.
Como a polêmica impactou nas bilheterias?
O lançamento de Branca de Neve em março de 2025 não atingiu as expectativas financeiras da Disney. O filme arrecadou US$ 43 milhões nos Estados Unidos e US$ 87 milhões mundialmente no primeiro fim de semana, valores abaixo das projeções iniciais. Analistas apontam que, além das polêmicas envolvendo Rachel Zegler, o público pode estar demonstrando sinais de cansaço com os remakes da Disney, o que também contribuiu para o desempenho abaixo do esperado nas bilheterias.
A recepção crítica do filme também foi majoritariamente negativa, com uma aprovação de apenas 45% no site Rotten Tomatoes. Essa combinação de fatores sugere que a gestão de crise, embora necessária, não foi suficiente para reverter a percepção pública e crítica do filme.
Qual o futuro dos remakes da Disney?
O caso de Branca de Neve levanta questões sobre o futuro dos remakes da Disney. Com um público cada vez mais exigente e uma concorrência acirrada no mercado de entretenimento, o estúdio pode precisar reavaliar suas estratégias de produção e marketing. A gestão de crises, como a enfrentada com Rachel Zegler, destaca a importância de uma abordagem proativa e cuidadosa na comunicação e no gerenciamento de talentos.
Em um cenário onde as redes sociais têm um impacto significativo na percepção pública, a Disney e outros estúdios de cinema devem estar preparados para lidar com desafios semelhantes no futuro. A experiência com Branca de Neve pode servir como um aprendizado valioso para a indústria cinematográfica em geral.