Pablo Marçal. Foto: Divulgação/redes sociais.
Em um recente desdobramento político, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da primeira Zona Eleitoral da capital, declarou o ex-candidato a prefeito, Pablo Marçal, inelegível por um período de oito anos, começando em 2024. Este veredito surgiu após a análise de duas ações judiciais que questionavam a conduta de Marçal durante o período eleitoral.
O caso ganhou notoriedade quando Marçal, um influenciador digital, mencionou em uma transmissão ao vivo que planejava gravar vídeos de apoio em troca de doações para sua campanha. Embora ele tenha afirmado que a ideia não foi concretizada devido à intervenção de sua equipe jurídica, o assunto gerou grande repercussão.
O que levou à condenação de Pablo Marçal?
A condenação de Marçal foi resultado de duas ações judiciais movidas por coligações políticas adversárias. A primeira, liderada pelo PSOL, partido do então candidato Guilherme Boulos, e a segunda pelo PSB. As ações alegavam que Marçal ofereceu apoio a candidatos a vereador em troca de doações financeiras, conforme vídeos divulgados em suas redes sociais.
Na ação do PSB, foi destacado que Marçal teria solicitado doações via Pix no valor de R$ 5.000 em troca de apoio. Já a ação do PSOL incluiu evidências de um vídeo onde Marçal divulgava um link para cadastro de doações, sugerindo um esquema de compra de apoio político.
Como a Justiça Eleitoral interpretou as circunstâncias?
Segundo a sentença do magistrado, o uso das redes sociais por Marçal para promover desinformação sobre o sistema de arrecadação eleitoral e para realizar propaganda negativa contra adversários configurou abuso de poder político. A decisão destacou que tais ações comprometeram a integridade do processo eleitoral.
Pablo, por sua vez, defendeu-se afirmando que não houve troca de apoio financeiro por vídeos, conforme demonstrado em sua prestação de contas à Justiça Eleitoral. Ele expressou confiança de que a situação será esclarecida durante o processo de recurso.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/h/Y/DJcAuFRomYSKB0x5mqIw/captura-de-tela-2025-02-22-085308.png)
Quais são os próximos passos?
Após a decisão, o coordenador da campanha de Pablo, Paulo Hamilton Siqueira Jr., anunciou que um recurso será apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). A defesa de Marçal argumenta que as provas apresentadas não são suficientes para justificar a condenação e espera reverter a decisão.
Leonardo Avalanche, presidente nacional do PRTB, também manifestou confiança na reforma da decisão, alegando que a interpretação inicial não reflete a realidade dos fatos. A expectativa é que o TRE-SP reveja o caso com base nos argumentos da defesa.
O impacto da decisão na carreira política de Marçal
A inelegibilidade de Pablo representa um desafio significativo para sua carreira política. Caso a decisão seja mantida, ele ficará impedido de concorrer a cargos eletivos até 2032. Este caso ressalta a importância da transparência e da ética nas campanhas eleitorais, além de servir como um alerta para outros candidatos sobre as consequências de práticas irregulares.
Enquanto aguarda o desfecho do recurso, Marçal continua a expressar sua confiança na justiça e a se comunicar com seus seguidores, buscando esclarecer sua posição e manter seu apoio popular.