Nesta quinta-feira (6/2), após 45 dias em tratamento intensivo, Juliana Leite Rangel, uma jovem de 26 anos, recebeu alta do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias (RJ). Ela foi vítima de um tiro de fuzil disparado durante uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em plena véspera de Natal. A recuperação da jovem marca o início de uma nova fase no tratamento de saúde, que continuará com acompanhamento médico especializado.
O incidente, que ocorreu em 24 de dezembro de 2024, levantou uma série de questões acerca das ações da PRF. Além das investigações médicas e jurídicas, há um apelo social por respostas e justiça. A reconstituição do evento, com a participação de órgãos federais, procura esclarecer as circunstâncias em que a abordagem policial foi conduzida.
Como aconteceu o caso?
Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi atingida por um disparo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia 24 de dezembro de 2024, enquanto seguia para a ceia de Natal com seus familiares.
O caso está sob investigação da Polícia Federal (PF), que apura as circunstâncias da abordagem realizada pela PRF e que resultou em tiros contra o veículo em que Juliana estava. Ela foi alvejada na cabeça por um projétil de fuzil e permaneceu internada por 45 dias no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, localizado em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
A PF informou ao portal Metrópoles que, com a participação da PRF, realizou a reconstituição da abordagem ao automóvel. Os investigadores percorreram um trecho de 300 metros da BR-040, na região da Baixada Fluminense, em Duque de Caxias. A simulação durou aproximadamente duas horas.
Quais são as implicações legais e sociais do caso?
O desdobramento do episódio gerou ampla movimentação por parte de órgãos judiciários e defensores dos direitos civis. A fim de obter um panorama completo, a Polícia Federal realizou a reconstituição do cenário do incidente, cobrindo um trecho de 300 metros na rodovia. Essa simulação objetivou compreender a dinâmica dos tiros e a conduta das forças de segurança no local.
Os policiais envolvidos na ação, identificados como Camila de Cassia Silva Bueno, Leandro Ramos da Silva e Fábio Pereira Pontes, já prestaram seus depoimentos e foram submetidos a afastamento temporário enquanto prosseguem as investigações.
Quais são as etapas futuras para a jovem e a investigação?
No que tange à saúde de Juliana, ela seguirá com tratamentos e acompanhamento médico rigoroso para garantir plena recuperação. Do ponto de vista legal, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou uma investigação formal para apurar desvios de conduta e excessos por parte dos agentes envolvidos. A sociedade aguarda com expectativa os resultados dessas investigações, que poderão implicar em medidas disciplinares e judiciais.
A repercussão do evento mobilizou não apenas instituições formais, mas também a sociedade civil, que exige maior transparência e revisão das práticas adotadas pela polícia em abordagens similares. O caso de Juliana Leite Rangel representa não apenas uma ferida aberta na comunidade local, mas também um símbolo de resistência e busca por justiça.
A história de Juliana ecoa como um lembrete do impacto duradouro de ações deliberadas sobre o cotidiano dos cidadãos e reforça a necessidade premente de reflexão sobre protocolos de segurança pública no Brasil.