O Vaticano divulgou, nesta terça-feira (18), um novo boletim médico sobre a saúde do Papa Francisco, confirmando que o pontífice foi diagnosticado com pneumonia bilateral. Segundo o comunicado da Santa Sé, seu quadro clínico é considerado “complexo” após a infecção, porém, ele mantém o bom humor.
A pneumonia bilateral é uma infecção que compromete os dois pulmões e pode ser provocada por bactérias, vírus ou fungos.
Entender as diferenças entre pneumonia bilateral e unilateral é crucial, pois ambas têm características distintas em termos de propagação e impacto nos pulmões. A condição bilateral indica o envolvimento tanto do pulmão direito quanto do esquerdo. No entanto, a gravidade não é necessariamente maior do que a da pneumonia unilateral, que pode afetar profundamente um único pulmão.
Não obstante, o #PapaFrancisco está de bom humor.
— Vatican News (@vaticannews_pt) February 18, 2025
Esta manhã, recebeu a Eucaristia e, durante o dia, alternou o repouso com a oração e a leitura de textos. Ele agradece a proximidade que sente e pede, com coração agradecido, que se continue a rezar por ele @HolySeePress pic.twitter.com/uiZbE4rbQx
Como funciona a pneumonia bilateral?
A pneumonia bilateral ocorre quando uma infecção acomete os dois pulmões simultaneamente. Isto normalmente resulta em inflamação nas várias partes dos pulmões, sendo o pulmão direito dividido em três seções e o esquerdo em duas. Mesmo que envolva os dois lados, não significa obrigatoriamente maior gravidade comparada à forma unilateral, mas geralmente aponta para um quadro complexo de saúde.
A pneumonia bilateral começa como uma infecção provocada por agentes como bactérias, vírus ou fungos. Com o avanço da infecção, uma resposta inflamatória pode se desenvolver em ambos os lados, gerando um quadro mais abrangente. Em algumas situações, a presença de inflamação pode ser a razão para a bilateralidade, não necessariamente indicando agentes infecciosos ativos nos dois pulmões.
Causas:
- Vírus: como o vírus sincicial respiratório (VSR), o vírus da gripe (influenza) e o coronavírus (COVID-19).
- Bactérias: como o Streptococcus pneumoniae, o Mycoplasma pneumoniae e a Chlamydia pneumoniae.
- Fungos: como o Pneumocystis carinii, o Aspergillus e o Candida albicans.
Sintomas:
- Febre alta
- Tosse com expectoração (catarro)
- Falta de ar
- Dor no peito
- Calafrios
- Sudorese
- Cansaço
- Confusão mental (em casos mais graves)
Como identificar e tratar a pneumonia bilateral?
O diagnóstico da pneumonia bilateral requer uma análise cuidadosa, que pode incluir testes moleculares para identificar os agentes causadores, seja eles vírus ou bactérias. A coleta de amostras das vias respiratórias e exames de imagem são comuns nesses casos. O tratamento depende principalmente do agente etiológico: antibióticos para infecções bacterianas, antivirais para as virais e antifúngicos para as fúngicas.
Diagnóstico da pneumonia bilateral:
O diagnóstico da pneumonia bilateral geralmente envolve:
- Exame físico: O médico ausculta os pulmões para identificar sons anormais, como crepitação.
- Radiografia de tórax: Confirma a presença de pneumonia e avalia a extensão da infecção em ambos os pulmões.
- Exames de sangue: Podem ajudar a identificar o agente causador da pneumonia e avaliar a gravidade da infecção.
- Tomografia computadorizada (TC) de tórax: Pode ser utilizada em casos mais complexos ou quando a radiografia não é conclusiva.
- Testes de escarro ou lavado broncoalveolar: Podem ser realizados para identificar o agente causador da pneumonia, especialmente em pacientes graves ou com suspeita de pneumonia por organismos resistentes a antibióticos.
Tratamento da pneumonia bilateral:
O tratamento da pneumonia bilateral depende do agente causador da infecção (bactérias, vírus ou fungos) e da gravidade da doença. As principais abordagens terapêuticas incluem:
- Antibióticos: São utilizados para tratar pneumonia bacteriana. O tipo e a dose do antibiótico serão determinados pelo médico, levando em consideração o agente causador da infecção e o perfil de resistência aos antibióticos na região.
- Antivirais: Podem ser utilizados para tratar pneumonia viral, como a causada pelo vírus da gripe.
- Antifúngicos: São utilizados para tratar pneumonia causada por fungos, o que é menos comum.
- Medicamentos para aliviar os sintomas: Analgésicos para dor, antitérmicos para febre e expectorantes para ajudar a eliminar o muco dos pulmões podem ser recomendados pelo médico.
- Oxigenoterapia: Em casos de dificuldade respiratória, pode ser necessário o uso de oxigênio suplementar.
- Internação hospitalar: Em casos mais graves, como pneumonia bilateral extensa, pacientes com comorbidades ou idosos, a internação hospitalar pode ser necessária para monitoramento intensivo e suporte respiratório, se necessário.
Qual é a relação entre infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral?

Em situações como a de infecção polimicrobiana, onde diferentes microrganismos estão presentes, a pneumonia bilateral pode surgir como uma complicação. Este tipo de infecção envolve múltiplos agentes que podem criar um ambiente favorável para a proliferação de outras infecções. Isso foi observado no caso do Papa Francisco, onde múltiplos patógenos foram identificados, demonstrando a natureza complexa da condição.
Especialmente em populações idosas, a pneumonia representa um risco significativo à saúde. A vacinação e a atenção aos primeiros sinais, como dificuldade respiratória ou tosse persistente, são essenciais para prevenir complicações. Além disso, um diagnóstico e tratamento precoces podem ser fundamentais para um desfecho mais positivo.