A atriz Bruna Marquezine descobriu que era intolerante à lactose após sentir mal-estar ao consumir produtos lácteos. Buscando orientação, ela consultou uma nutricionista e recebeu o diagnóstico do problema.
“Eu realmente não deveria consumir nada com leite. Meu corpo não consegue processar corretamente e acabo ficando sem energia, além de afetar minha saúde”, revelou ao portal Gshow. De acordo com o estudo “O perfil do DNA do brasileiro na saúde e bem-estar”, realizado pelo laboratório Genera, cerca de 50% da população brasileira apresenta predisposição para a intolerância à lactose. A pesquisa analisou amostras de DNA de 200 mil brasileiros de diversas regiões do país.
Como são os sintomas e tipos de intolerância à lactose?
![Bruna Marquezine revela problema de saúde após desconforto e recebe diagnóstico; entenda](https://terrabrasilnoticias.com/wp-content/uploads/2025/02/01-324-1024x576.jpg)
Os sintomas da intolerância à lactose geralmente surgem entre 30 minutos a duas horas após a ingestão de produtos lácteos. Eles podem incluir inchaço, gases, diarreia e náuseas. Dependendo do tipo e da quantidade de lactose ingerida, a intensidade dos sintomas pode variar significativamente.
Os sintomas mais comuns são náusea, dores abdominais, diarreia ácida e abundante, gases e desconforto. A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarreia.
Tipos:
Existem três tipos de intolerância à lactose:
- Deficiência primária de lactase (intolerância à lactose genética): É o tipo mais comum de intolerância à lactose. É causada por uma diminuição na quantidade de lactase produzida pelo organismo ao longo do tempo. Os sintomas geralmente começam na adolescência ou idade adulta.
- Deficiência secundária de lactase: Ocorre quando o intestino delgado é danificado por uma doença, como doença celíaca, doença de Crohn ou gastroenterite. Essa lesão pode reduzir a produção de lactase e causar intolerância à lactose. A intolerância à lactose geralmente desaparece quando a doença subjacente é tratada.
- Intolerância congênita à lactose: É um tipo raro do problema que está presente desde o nascimento. É causada por uma mutação genética que impede o organismo de produzir lactase. Os bebês com intolerância congênita à lactose podem ter diarreia grave e desidratação.
Como é feito o diagnóstico do problema?
Para diagnosticar essa condição, médicos geralmente começam eliminando produtos lácteos da dieta do paciente para observar melhorias nos sintomas. Também existem testes específicos que ajudam a confirmar a intolerância:
- Teste de Hidrogênio no Hálito: Este teste consiste na medição do hidrogênio no hálito após ingestão de lactose, indicando má digestão se os níveis forem elevados.
- Teste de Tolerância à Lactose: Mede os níveis de glicose no sangue após ingestão de lactose. Níveis baixos indicam deficiência de lactase.
- Teste Genético: Quando há suspeita de intolerância congênita, exames genéticos podem confirmar a deficiência na produção de lactase.
Intolerância à Lactose é o Mesmo que Alergia ao Leite?
Embora frequentemente confundidas, intolerância à lactose e alergia ao leite são condições distintas. O problema envolve alterações digestivas devido à falta de lactase, enquanto a alergia ao leite é uma reação imunológica às proteínas presentes no leite, podendo causar reações alérgicas severas.
Como adaptar a dieta para intolerantes à lactose?
Aqueles que lidam com o problema podem encontrar alívio ajustando sua alimentação. Produtos sem lactose e alternativas vegetais, como leites à base de amêndoas ou soja, tornam-se escolhas viáveis. Além disso, muitos que são intolerantes à lactose podem consumir quantidades moderadas de produtos lácteos fermentados sem apresentar sintomas significativos.
1. Conheça seus limites
O primeiro passo é entender o seu nível de tolerância à lactose. Algumas pessoas são mais sensíveis do que outras. Experimente consumir pequenas quantidades de produtos lácteos e observe como seu corpo reage. Isso ajudará você a determinar quais alimentos evitar e quais podem ser consumidos com moderação.
2. Leia os rótulos com atenção
A lactose pode estar presente em diversos alimentos industrializados, como pães, bolachas, molhos e até mesmo em alguns medicamentos. Por isso, é fundamental ler atentamente os rótulos para identificar a presença de lactose ou ingredientes que a contenham, como leite em pó, soro de leite e caseína.
3. Substitua os produtos lácteos
Felizmente, existem diversas alternativas saborosas e nutritivas aos produtos lácteos tradicionais. Experimente leites vegetais, como leite de soja, amêndoa, coco ou aveia. Eles são naturalmente livres de lactose e podem ser utilizados em diversas preparações, como café, smoothies e receitas.
4. Descubra os alimentos naturalmente sem lactose
Muitos alimentos são naturalmente isentos de lactose, como frutas, legumes, verduras, grãos integrais, leguminosas, carnes, peixes e ovos. Inclua esses alimentos na sua dieta para garantir uma nutrição equilibrada e разнообразие de sabores.
5. Iogurtes e queijos com baixo teor de lactose
Se você não abre mão de iogurtes e queijos, procure por opções com baixo teor de lactose ou versões específicas para intolerantes. Atualmente, existem diversas marcas que oferecem produtos saborosos e com teor reduzido de lactose.
6. Suplementos de lactase
Em alguns casos, o médico ou nutricionista pode recomendar o uso de suplementos de lactase, uma enzima que auxilia na digestão da lactose. Esses suplementos podem ser úteis para quem deseja consumir produtos lácteos com menos restrições.
7. Consulte um profissional
Se você suspeita que tem intolerância à lactose, é fundamental consultar um médico ou nutricionista. O profissional poderá realizar exames para confirmar o diagnóstico e orientar sobre a melhor forma de adaptar a dieta, garantindo que você receba todos os nutrientes necessários para uma saúde plena.
Consultas com nutricionistas podem ser benéficas para planejar uma dieta equilibrada, garantindo a ingestão necessária de nutrientes como cálcio e vitamina D, que são comumente consumidos através de produtos lácteos.