Divulgada nesta sexta-feira (14/2), uma pesquisa do Datafolha revelou a percepção dos eleitores sobre o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo esses dados, 24% dos entrevistados avaliaram a administração do presidente como ótima ou boa. Por outro lado, uma parcela significativa, 41%, classificou o governo como ruim ou péssimo, refletindo um momento de desafio para a imagem do governo petista.
A pesquisa indicou ainda que 32% dos participantes consideram a gestão de Lula como regular. Esses números mostram uma complexa distribuição de opiniões entre os eleitores brasileiros, com a popularidade de Lula atingindo o menor índice registrado em seus três mandatos até agora. As entrevistas foram realizadas com 2.007 eleitores de 113 cidades, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Como a popularidade do governo é afetada?
![Aprovação de Lula despenca e alcança menor número de todos os mandatos; veja](https://terrabrasilnoticias.com/wp-content/uploads/2024/12/01-107-1024x674.jpg)
Vários fatores parecem ter contribuído para a queda na popularidade do governo atual. Um dos principais foi a ampliação da fiscalização sobre as transferências via Pix, uma medida recepcionada com críticas expressivas. A normativa da Receita Federal sobre o tema gerou um ambiente de insatisfação, provocando questionamentos sobre a eficiência e o impacto dessa fiscalização adicional nos cidadãos comuns.
Outro fator que gerou controvérsia foi a proposta discutida pelo governo de modificar a data de validade dos alimentos para um sistema conhecido como “best before”, sugerido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Esta medida gerou um debate sobre segurança alimentar e logística, o que pode ter contribuído para o ceticismo dos eleitores em relação às iniciativas governamentais.
Como o governo Lula está buscando reverter a queda na aprovação?
Em resposta à queda de popularidade, Lula e sua equipe têm procurado implementar estratégias que possam apelar mais diretamente aos eleitores. Uma das principais metas é a redução do custo dos alimentos, uma preocupação central para muitos brasileiros diante da inflação insistente. Dados da Abras destacaram que os preços dos ovos subiram até 40% desde janeiro, o que aumenta ainda mais a pressão sobre o poder de compra da população.
Lula tem feito várias declarações públicas sobre o tema, sugerindo a necessidade de um “processo educacional” para incentivar o consumo de alternativas mais acessíveis. Essa abordagem tem sido um ponto de discussão entre seus opositores, que criticam a eficácia e o foco das propostas apresentadas.
Qual é o impacto das questões econômicas nas futuras eleições?
Com as eleições presidenciais de 2026 no horizonte, a aprovação atual do governo é um indicador importante para as estratégias políticas de Lula. Questões econômicas, como a alta nos preços dos alimentos, desempenham um papel crucial na formação da opinião pública. Se a administração conseguir atenuar esses desafios de forma perceptível, isso pode impactar positivamente suas perspectivas eleitorais futuras.
Os esforços do governo em lidar com essas questões determinarão como Lula será lembrado neste mandato. Até então, é imperativo que a administração se adapte às necessidades econômicas e sociais dos cidadãos, enquanto busca formas eficazes de comunicação e implementação de políticas públicas.
Cheguei ao BioParque Vale Amazônia para uma fotografia com trabalhadores e trabalhadoras. pic.twitter.com/6Xg3suU5TZ
— Lula (@LulaOficial) February 14, 2025