O cenário político brasileiro para as eleições de 2026 está repleto de incertezas e disputas acirradas, conforme os dados recentes de pesquisas de opinião sugerem. Figuras políticas de destaque, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estão no centro dos debates. No entanto, a inelegibilidade de Bolsonaro até 2030, imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), adiciona uma camada de complexidade à corrida eleitoral.
A pesquisa divulgada nesta segunda-feira (13/1) pelo instituto Paraná Pesquisas indica que, em um cenário sem Pablo Marçal na disputa, Bolsonaro superaria Lula em números absolutos, mas ambos aparecem tecnicamente empatados devido à margem de erro. Este panorama reflete a volatilidade do eleitorado e as possíveis estratégias de cada candidato para cativar os votos indecisos.
Como são os números da disputa entre Lula e Bolsonaro?
Quando o nome de Pablo Marçal é inserido na lista de candidatos, o equilíbrio entre Lula e Bolsonaro se mantém, com os dois praticamente empatados. Marçal, representado pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), surge como um novo elemento que pode potencialmente modificar a dinâmica do jogo político. Além disso, a presença de candidatos como Ciro Gomes e Ronaldo Caiado acrescenta novas variáveis à equação eleitoral.
Bolsonaro x Lula (sem Marçal)
- Jair Bolsonaro (PL): 37,3%
- Lula (PT): 34,4%
- Ciro Gomes (PDT): 11,7%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 5,4%
- Helder Barbalho (MDB): 1,4%
- Nenhum/Branco/Nulo: 6,2%
- Não sabe/Não opinou: 3,6%
Com o nome de Marçal na disputa, Lula e Bolsonaro surgem empatados tecnicamente.
Lula x Bolsonaro (com Marçal)
- Lula (PT): 34,0%
- Jair Bolsonaro (PL): 33,9%
- Ciro Gomes (PDT): 11,3%
- Pablo Marçal (PRTB): 6,1%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 4,7%
- Helder Barbalho (MDB): 1,2%
- Nenhum/Branco/Nulo: 5,6%
- Não sabe/Não opinou: 3,3%
Com a ausência de Jair Bolsonaro da disputa, as projeções mostram que Lula se consolida como líder em cenários com outros candidatos, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Lula aparece à frente desses potencialmente fortes adversários, mas a incerteza sobre os candidatos efetivos que disputarão em 2026 ainda persiste, deixando eleitores e analistas em suspense.
Lula x Michelle (com Marçal)
- Lula (PT): 34,5%
- Michelle Bolsonaro (PL): 20,7%
- Ciro Gomes (PDT): 12,9%
- Pablo Marçal (PRTB): 11,5%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 6,6%
- Helder Barbalho (MDB): 1,6%
- Nenhum/Branco/Nulo: 8,4%
- Não sabe/não opinou: 3,8%
Em um quarto cenário, considerando a ausência de Bolsonaro e Marçal, Lula também supera o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
- Lula (PT): 35,2%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 25,3%
- Ciro Gomes (PDT): 15,2%
- Ronaldo Caiado (União): 7,4%
- Helder Barbalho (MDB): 1,8%
- Nenhum/Branco/Nulo: 10,9%
- Não sabe/não opinou: 4,3%
Quais são as Perspectivas para os Candidatos Menos Conhecidos?
Os cenários também colocam em evidência a posição de candidatos menos mencionados, como Helder Barbalho e Tarcísio de Freitas, que podem jogar papéis decisivos em uma eleição com muitos eleitores indecisos. A presença de nomes novos na pauta política pode oferecer alternativas para eleitores insatisfeitos com as escolhas tradicionais.
Qual é a Preferência Espontânea dos Eleitores?
. Cercadinho de Mambucaba/RJ.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 13, 2025
. 13 /Jan/25, Segunda-feira 8h. pic.twitter.com/REMpyJE2JT
Em uma análise espontânea — onde os eleitores não recebem uma lista de candidatos antes de expressar suas preferências — destaca-se a alta porcentagem de eleitores que não sabem em quem votar: quase metade dos entrevistados está indecisa. Este dado é alarmante para os estrategistas de campanha, que devem desenvolver táticas eficazes para conquistar este segmento significativo do eleitorado.
Com o quadro político brasileiro ainda incerto e recheado de variáveis, os próximos anos prometem trazer intensas discussões e movimentações estratégicas. A capacidade dos candidatos de canalizar o apoio dos eleitores indecisos e estabelecer alianças poderá definir os rumos das eleições de 2026. A corrida já começou, e o jogo está apenas no início.