Na última quinta-feira (2/1), o norte do Chile foi abalado por um terremoto de magnitude 6,1, cujo epicentro situou-se na cidade portuária de Antofagasta. As autoridades chilenas, até o momento, não registraram vítimas ou danos significativos como consequência do sismo. Também não existe, até agora, qualquer ameaça de tsunami para as costas chilenas.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), responsável por monitorar a atividade sísmica globalmente, o terremoto ocorreu precisamente às 16h43, horário local, a uma profundidade de 104 quilômetros. Embora tenha sido percebido em várias localidades do Deserto do Atacama, foi classificado como um evento de intensidade média.
Como o Terremoto Foi Percebido nas Proximidades?
#AlertaSENAPRED Monitoreo #Alerta Temprana Preventiva para las comunas del borde costero continental entre las regiones de Arica y Parinacota y Biobío y para la comuna de Juan Fernández, Región de Valparaíso, por marejadas anormales.https://t.co/4ttVWKLGAh pic.twitter.com/pLfIdvhyhd
— SENAPRED (@Senapred) January 3, 2025
Calama, localizada a cerca de 83 quilômetros do epicentro, e Tocopilla, a aproximadamente 122 quilômetros, foram algumas das cidades que sentiram os efeitos do terremoto. Entretanto, relatos indicam que, imediatamente após o evento, não foram notificados danos materiais significativos ou vítimas.
O Sistema Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres do Chile (Senapred) está a monitorizar a situação para avaliar qualquer impacto potencial sobre a infraestrutura e os serviços básicos, mas as análises preliminares não indicam nenhum dano considerável.
Há Risco de Tsunami?
O Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Armada do Chile (SHOA) avaliou a possibilidade de tsunami e concluiu que as características do terremoto não apresentam condições adequadas para desencadear esse fenômeno na costa chilena. A população costeira, portanto, não enfrenta risco imediato de ondas gigantes.
O Chile é Uma Região Propensa a Terremotos?
O Chile faz parte do Cinturão do Fogo do Pacífico, conhecido por ser uma das regiões do planeta com maior atividade sísmica e vulcânica. Este cinturão é delineado pelo encontro das placas tectônicas nazca e sul-americana, cujos movimentos frequentes levam não apenas a terremotos, mas também a atividades vulcânicas e à formação de montanhas ao longo da costa oeste da América do Sul.
Esse cenário geológico resulta em uma infinidade de tremores anualmente no Chile. Felizmente, a maioria destes eventos possui intensidade baixa ou moderada, semelhante ao terremoto recentemente registrado.
Por que tantos terremotos no Chile?
- Encontro de placas tectônicas: O Chile está situado em uma zona de convergência entre duas gigantescas placas tectônicas: a Placa de Nazca, que se desloca sob o Oceano Pacífico, e a Placa Sul-Americana. O constante atrito e movimento dessas placas geram uma enorme quantidade de energia, que é liberada na forma de terremotos.
- Círculo de Fogo do Pacífico: O Chile faz parte do chamado “Círculo de Fogo do Pacífico”, uma área com intensa atividade sísmica e vulcânica que circunda quase toda a bacia do Oceano Pacífico.
Consequências dos terremotos no Chile:
- Danos materiais: Edifícios, infraestrutura e propriedades são frequentemente danificadas ou destruídas por terremotos de grande magnitude.
- Vítimas: Infelizmente, terremotos podem causar um número significativo de vítimas, tanto por causa do colapso de estruturas quanto por tsunamis gerados por esses eventos.
- Alterações geográficas: Terremotos podem causar mudanças na paisagem, como deslizamentos de terra e elevações do terreno.
O Chile está preparado?
- Construções sismorresistentes: O Chile tem investido em normas de construção rigorosas, visando garantir que edifícios e infraestruturas sejam capazes de resistir a terremotos.
- Sistemas de alerta: O país possui um sistema de alerta precoce para tsunamis, o que permite a evacuação de áreas costeiras em caso de necessidade.
- Cultura de prevenção: A população chilena é educada desde cedo sobre como se proteger em caso de terremoto, e simulações de emergência são realizadas regularmente.
Continua-se, portanto, a monitorizar de perto a situação, garantindo a segurança da população e da infraestrutura nas áreas afetadas e colaborando para um planejamento eficaz ante eventos futuros semelhantes.