O falecimento do influenciador Ricardo Godoi, de 46 anos, em Itapema, Santa Catarina, trouxe discussões sobre a segurança de anestesias gerais em procedimentos não médicos. Godoi morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória na segunda-feira (20/1), logo após receber anestesia geral para fazer uma tatuagem. A questão que se coloca agora envolve a aplicação de anestesia em ambientes estéticos e a segurança desses procedimentos para os pacientes.
A certidão de óbito do influenciador aponta para “indução anestésica”, “parada respiratória” e “parada cardíaca” como causas de morte. Intrigantemente, também menciona o uso de anabolizantes como uma condição significativa na fatalidade. A família de Godoi, no entanto, se opõe a essa ligação, indicando que o influenciador havia abandonado o uso de substâncias cinco meses antes e estava apto para o procedimento conforme exames prévios. O delegado Aden Claus, responsável pela investigação do caso, está analisando essas alegações de forma minuciosa.
Como a Anestesia Geral Impacta em Tatuagens?
A segurança de utilizar anestesia geral para realização de tatuagens tem sido questionada, especialmente após este trágico evento. Em situações normais, o uso de anestesia geral é reservado para procedimentos que ocasionam dor intensa ou estão fora de operações comuns. Entretanto, sua aplicação em tatuagens não é proibida, mas exige que os profissionais considerem os riscos antes de realizá-la.
Conforme relatado, o estúdio de tatuagem que atendia Godoi contratou um hospital particular com toda a infraestrutura necessária, além de contar com um anestesiologista qualificado para o procedimento. Ainda assim, o procedimento teve um desfecho fatal, e é nesse ponto que as investigações focam em entender se houve falhas na análise de riscos ou no processo anestésico.
Quais foram as causas?
A Polícia Civil está ativamente investigando possíveis falhas nos procedimentos que antecederam e durante a anestesia aplicada em Godoi. A declaração do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) destaca que, apesar de não haver proibições contra o uso de anestesia geral em procedimentos como tatuagens, a decisão exige a avaliação criteriosa de riscos e benefícios.
Além disso, a menção ao uso de anabolizantes no atestado de óbito incentiva um exame aprofundado, com a exumação do corpo prevista, para analisar o papel dessas substâncias na morte do influenciador. O objetivo das investigações é determinar se houve negligência por parte dos envolvidos no processo.
Quais as Repercussões e Implicações para Procedimentos Futuros?
O caso de Ricardo Godoi levanta importantes discussões sobre as limitações da medicina em procedimentos estéticos e a importância de regulamentações adequadas. A tragédia serve como um lembrete da necessidade de rigor na avaliação de riscos envolvidos e da preparação de normas mais claras e seguras. O debate abrange não apenas os tatuadores e anestesiologistas, mas também pacientes que buscam procedimentos estéticos.
A comunidade médica e órgãos regulatórios devem continuar a investigar esses eventos, e, se necessário, aplicar melhorias nos protocolos de segurança para evitar tragédias semelhantes. A análise completa das circunstâncias que resultaram na morte de Godoi pode se tornar um divisor de águas para a prática médica e estética no país.