Em um anúncio, o governo federal oficializou a posse de Gabriel Galípolo como o novo presidente do Banco Central do Brasil. O evento, ocorrido nessa segunda (30/12), marca uma renovação na cúpula da instituição, com Galípolo assumindo oficialmente suas funções a partir de janeiro de 2025, conforme previsto por lei. Com apenas 42 anos de idade, ele se tornará o mais jovem presidente do BC deste século, sucedendo Roberto Campos Neto.
Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Galípolo já ocupou diversas funções de relevância no setor econômico brasileiro. Antes de sua nomeação para a diretoria do Banco Central, ele atuou como secretário-executivo do Ministério da Fazenda durante a gestão de Fernando Haddad, reforçando sua proximidade com o governo Lula.
Como é o histórico de Galípolo para liderar o Banco Central?
Ao longo de sua carreira, Gabriel Galípolo construiu um sólido currículo no setor financeiro. Em 2009, fundou a Galípolo Consultoria, onde foi sócio-diretor até 2022. Entre 2017 e 2021, presidiu o Banco Fator, adquirindo significativa experiência no mercado financeiro. Além disso, sua atuação acadêmica como professor do MBA de PPPs e Concessões na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP) e como membro de conselhos da Fiesp e do CEBRI evidenciam sua contribuição para a discussão econômica e infraestrutural no Brasil.
Gabriel também possui um histórico de serviços prestados ao setor público. A partir de 2007, liderou a Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos e, em 2008, assumiu o cargo de diretor da Unidade de Estruturação de Projetos e PPPs da Secretaria de Economia e Planejamento de São Paulo. Sua experiência se consolidou durante a gestão de José Serra, ajudando a moldar políticas públicas significativas.
Como a relação com Lula influenciou a sua trajetória?
O relacionamento próximo de Galípolo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desempenhou um papel crucial em sua ascensão. Durante o período de transição do governo, ele marcou presença nas deliberações sobre a PEC, defendendo limites nos gastos públicos com espaço para crescimento controlado das despesas. Esse alinhamento com as políticas progressistas de Lula facilitou sua aceitação entre os aliados políticos.
A aproximação entre Galípolo e Lula começou em 2021, com um evento onde o economista discutiu com Lula os desafios econômicos do Brasil. Sua visão equilibrada, que diferenciava o mercado financeiro das influências políticas ideológicas, agradou ao então candidato à presidência, ajudando a reforçar a confiança de Lula no banqueiro.
Com a aprovação por parte do Senado, a liderança de Gabriel Galípolo no Banco Central promete trazer uma nova perspectiva para a política monetária do Brasil. A expectativa é de que sua abordagem equilibrada, aliada à sua experiência acadêmica e prática, contribua para fortalecer a economia nacional enquanto mantém uma política de gastos responsável. Sua nomeação é vista como um passo essencial para alinhar o BC às diretrizes do governo Lula, sem comprometer a estabilidade econômica do país.
Mais um ano e compromisso com o aumento real do salário mínimo renovado: aumento de 7,5% para 2025. Mais poder de compra na mão dos trabalhadores e trabalhadoras.
— Lula (@LulaOficial) December 30, 2024
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