Esta semana, o litoral do Peru e do Equador foi atingido por um fenômeno de ondulação anômala que causou o fechamento de diversos portos e praias ao longo da costa. Este fenômeno natural, que trouxe ondas de até quatro metros, resultou em restrições severas nas atividades marítimas e de recreação em ambas as nações.
O evento foi causado por ventos persistentes sobre o oceano, originados a milhares de quilômetros do litoral, na região dos Estados Unidos. Tais condições climáticas geraram ondas que se aproximaram com força das costas sul-americanas, desencadeando uma situação de alerta na região do Pacífico.
Como os portos foram afetados no Equador?
🌊Impresionante video del maretazo🌊
— ASISMET (@Asismet_IF) December 27, 2024
En imágenes podemos observar las olas reventando contra el muelle de la playa de Cancas (Tumbes 🇵🇪) y varias personas huyendo rápidamente. Algo irresponsable, ya que este oleaje anómalo del noroeste ya estaba anunciado desde hace varios días. pic.twitter.com/EKgbh8WnAi
No Peru, até o dia 1º de janeiro de 2025, 91 portos foram fechados como medida preventiva. Esta medida, tomada pelo Centro de Operações de Emergência Nacional (Coen), tem o objetivo de mitigar os danos às atividades pesqueiras e turísticas que compõem uma parte significativa da economia local. No Callao, por exemplo, que abriga o principal porto do país, foram adotadas restrições que afetam diretamente tanto turistas quanto pescadores.
No Equador, a situação não é muito diferente. Na cidade de Manta, as autoridades também optaram por fechar preventivamente as praias após uma morte relacionada às fortes ondas. O Instituto Oceanográfico e Antártico da Marinha do Equador (Inocar) relatou que as ondas alcançaram até 2,1 metros em províncias como Manabí e Galápagos.
Quais as consequências das fortes ondas?
As implicações dessas ondas anômalas são vastas. No lado peruano, além dos portos, comunidades ribeirinhas em regiões como Tumbes e Piura enfrentaram inundações, o que causou evasão de moradores e danos a infraestrutura local, como praças e calçadões. Desembarques pesqueiros e comércio nessas áreas também sofrem impactos significativos.
No Equador, por exemplo, o fechamento de praias e portos afetou diretamente o turismo e as atividades recreativas, com recomendações explícitas para evitar a navegação e outras atividades no mar. A Secretaria Nacional de Gestão de Riscos está em alerta máximo, monitorando a situação continuamente.
Como o fenômeno afeta a região a longo prazo?
Especialistas advertem que, além das consequências imediatas, há preocupações crescentes sobre o impacto das mudanças climáticas, que tornam eventos de clima extremo, como essas ondas anômalas, mais frequentes e intensos. Isso cria um efeito multiplicador sobre as políticas locais de gestão de riscos e planejamento costeiro.
Prevê-se que tais fenômenos ocorrerão com mais intensidade nos próximos anos, exigindo que tanto Peru quanto Equador considerem novas estratégias adaptativas para proteger comunidades costeiras e economias dependentes das atividades marítimas.
O que está sendo feito para mitigar os efeitos dessas ondas?
As autoridades peruanas e equatorianas estão adotando medidas de emergência, como fechamento de portos e praias, além de emitir alertas regulares à população. Organizações de defesa civil estão trabalhando em conjunto para garantir a segurança dos moradores e turistas. Há também iniciativas de longo prazo em andamento para melhorar a infraestrutura costeira e a capacidade de resposta a desastres naturais.
Estas medidas são essenciais não apenas para lidar com a situação atual, mas também para criar resiliência a fenômenos futuros, que podem se tornar mais frequentes devido às alterações climáticas globais.