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O Colégio Eleitoral é uma parte fundamental do processo eleitoral dos Estados Unidos, implementado pela primeira vez com a Constituição de 1787. Este sistema foi criado para garantir que todos os estados tivessem uma voz significativa nas eleições presidenciais, equilibrando o poder entre regiões mais e menos populosas.
Em vez de uma eleição direta por voto popular, o Colégio Eleitoral utiliza delegados para representar as preferências dos eleitores de cada estado. Esse modelo proporciona um equilíbrio entre os interesses estaduais diversos e assegura que até mesmo as áreas menos populosas tenham influência no resultado final.
Como funciona o Colégio Eleitoral
O Colégio Eleitoral é composto por 538 delegados distribuídos entre os estados com base na população e no número de representantes no Congresso. Cada estado tem delegados equivalentes ao número de seus senadores (sempre dois) mais seus representantes na Câmara. Portanto, estados mais populosos têm mais delegados.
No dia da eleição, os cidadãos votam nos candidatos presidenciais, mas, tecnicamente, elegem delegados comprometidos a votar nesses candidatos. Exceto por Maine e Nebraska, onde há uma distribuição proporcional, o vencedor no voto popular em um estado leva todos os seus delegados.
Quantos delegados cada estado possui?
O número de delegados de cada estado varia, refletindo sua população. Por exemplo, Califórnia, o estado mais populoso, tem 55 delegados, enquanto estados menos populosos, como Vermont e Wyoming, têm apenas três delegados cada. Esta discrepância é uma tentativa de manter um equilíbrio entre estados grandes e pequenos no processo de eleição presidencial.
- Nebraska: 5 delegados no total, com três distritos e dois delegados extras baseados no voto geral.
- Maine: 4 delegados, com dois distritos e dois delegados adicionais atribuídos pelo voto geral.
Por que o voto popular nem sempre determina o resultado final?
O Colégio Eleitoral pode, ocasionalmente, resultar em discrepâncias com o voto popular. Isso ocorre porque o sistema confere todos os delegados do estado ao candidato que obtém a maioria dos votos nele, mesmo que essa maioria seja mínima. Assim, um candidato pode ganhar mais votos nacionais, mas ainda perder no Colégio Eleitoral.
Por exemplo, em 2016, Hillary Clinton obteve mais votos populares gerais do que Donald Trump, mas Trump venceu no Colégio Eleitoral, garantindo a presidência. Isso reflete o poder de estados-chave com grandes números de delegados que, ao lado de estados menores, formam uma maioria vencedora.
O que acontece se nenhum vandidato obter a maioria dos delegados?
Na rara situação em que nenhum candidato obtém a maioria dos 538 delegados, a eleição é decidida pela Câmara dos Deputados, onde cada estado tem direito a um voto. Este cenário de empate é improvável, mas não impossível, e a 12ª Emenda da Constituição fornece diretrizes para lidar com tal impasse. O Senado, nessa situação, escolheria o vice-presidente.
Um exemplo histórico de um empate ocorreu em 1824, quando nenhum candidato presidencial conseguiu a maioria absoluta dos delegados, levando a decisão para a Câmara dos Deputados.