Um ex-policial militar de Minas Gerais se viu imerso em um pesadelo ao ser sequestrado por traficantes em Taguatinga. Mantido em cativeiro por oito longos dias, o acontecimento só chegou ao conhecimento das autoridades após sua ex-mulher, preocupada com o furto de seu carro, procurou a Polícia Civil para relatar o caso em 28 de outubro.
O caso tomou um novo rumo quando a ex-mulher do ex-policial voltou à delegacia, um dia após registrar a ocorrência, e afirmou suspeitar que quem havia furtado o veículo era, na verdade, seu antigo companheiro. Durante o depoimento, ela revelou que ele possuía uma chave reserva do carro. A situação se complicou ao receber uma ligação do ex-marido, confessando o furto do carro devido a uma dívida de R$ 20 mil com traficantes locais.
Como a dívida levou ao sequestro?
A situação escalou rapidamente quando os criminosos, por diversas vezes, contataram a mulher, exigindo que pagasse R$ 30 mil ou transferisse a posse do veículo. Eles alegaram que a vida do ex-policial estava em perigo, caso a quantia não fosse paga. A angústia da mulher aumentou ao solicitar uma prova de vida e receber uma foto de seu ex-marido, aparentemente dopado e deitado.
Qual foi o desdobramento do resgate?
Desesperada com a situação, a mulher concordou em entregar o valor solicitado, mas decidiu buscar ajuda policial. Ao relatar os detalhes do encontro aos agentes, uma operação foi rapidamente montada. Com a colaboração dela, os policiais conseguiram localizar e prender os três sequestradores no local combinado.
O que foi encontrado no cativeiro?
No hotel onde o ex-policial estava preso, em um quarto trancado, a polícia encontrou facas, celulares, incluindo um produto de roubo, e drogas como crack. O ex-policial relatou que fora constantemente dopado com clonazepam e agredido pelos criminosos. Ele também revelou que havia sido levado a um cartório para assinar a transferência do veículo sob ameaças constantes.
Os detidos, dois deles em regime aberto, agora enfrentam acusações de extorsão mediante sequestro, tráfico de drogas e associação ao tráfico. Se condenados, poderão cumprir até 30 anos de prisão. O caso destaca os perigos associados ao envolvimento no tráfico de drogas e as consequências devastadoras que dívidas desse tipo podem causar.