Em 2024, uma discussão importante está em pauta no Brasil: a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O Projeto de Lei 4111/23 propõe que, além das tradicionais etapas de renovação, seja necessária uma avaliação psicológica obrigatória. Essa possível alteração traz à tona conversas sobre como o estado emocional e psicológico dos motoristas tem impacto direto na segurança do trânsito.
Hoje, esse tipo de avaliação ocorre apenas quando o motorista adquire sua primeira habilitação. Com o novo projeto, busca-se monitorar continuamente as capacidades psicológicas dos condutores, garantindo que eles estejam aptos a conduzir veículos com segurança ao longo dos anos.
Por que incluir avaliação psicológica na renovação da CNH?
A motivação para essa proposta se baseia na percepção de que a saúde mental e a capacidade cognitiva dos indivíduos podem mudar com o tempo. Eventos estressantes, doenças e o processo natural de envelhecimento podem influenciar a habilidade de dirigir. Por isso, a ideia é que reavaliações periódicas possam ajudar a identificar possíveis problemas antes que eles se manifestem de forma perigosa no trânsito.
Essa reavaliação, defendem pesquisadores, visa garantir que os motoristas mantenham sua aptidão psicológica para lidar com as demandas cotidianas do trânsito, assegurando a segurança não só deles, mas de todos os que dividem as vias.
Como funciona a avaliação psicológica na renovação?
Ainda que detalhes específicos estejam sendo elaborados, a dinâmica proposta para a revalidação incluiria testes que mensurem aspectos como concentração, memória, reação lógica, e traços de personalidade. Esses exames são semelhantes aos realizados na primeira habilitação, mas ajustados para verificar a continuidade destas capacidades ao longo dos anos.
A questão de quem arcará com os custos dessas avaliações também está em aberto. O governo deverá definir como essa despesa será gerida para evitar que se torne um fardo financeiro para os condutores.
Quais são os desafios da implementação?
Para que essa nova medida entre em vigor de forma eficaz, diversos desafios precisarão ser superados. Entre eles, a criação de infraestrutura adequada para a realização dos exames em larga escala e a capacitação de profissionais para administrar essas avaliações de maneira padronizada e justa.
- Treinamento de psicólogos especializados em trânsito.
- Desenvolvimento de centros de avaliação em cada estado.
- Criação de um calendário flexível para reavaliações.
Impactos na segurança do trânsito
Ao adotar a avaliação psicológica contínua, a expectativa é de que o número de acidentes possa ser reduzido. Condutores aptos psicologicamente são mais propensos a tomar decisões equilibradas e a reagir adequadamente em situações de risco. Embora a mudança possa ser vista como uma etapa adicional na burocracia da habilitação, ela se apresenta como um investimento em segurança viária.
Ainda em fase de discussão, o projeto coloca em foco a importância de um trânsito mais seguro e adaptado às necessidades atuais dos condutores. Motoristas devem acompanhar os desdobramentos para se preparar para possíveis mudanças futuras no processo de renovação de suas habilitações.