A BYD Shark, a primeira picape híbrida plug-in do Brasil, foi recentemente lançada em Goiânia, marcando uma nova era para o mercado de veículos utilitários no país. A picape chega com a intenção de competir com modelos diesel de porte médio, como Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10. Com um preço de lançamento de R$ 379.800, a Shark busca conquistar uma fatia significativa do mercado no centro-oeste, região onde a venda de picapes é predominante.
Com um design robusto e moderno, a Shark apresenta-se não apenas como uma opção econômica em termos de consumo de combustível, mas também como um veículo que incorpora tecnologia de ponta. Para melhor entender as capacidades e vantagens desse modelo inovador, será importante explorar suas especificações técnicas, sistema de motorização e recursos de segurança. Conheça também a lista com os 10 carros mais econômicos para 2025.
Quais são as especificações técnicas e motorização da BYD Shark?
O destaque da BYD Shark está em seu conjunto motriz híbrido plug-in chamado DMO. Este sistema consiste em um motor 1.5 turbo a gasolina de quatro cilindros capaz de gerar 183 cv e 26,5 kgfm, além de dois motores elétricos, um em cada eixo. O motor elétrico dianteiro oferece 231 cv e 31,6 kgfm, enquanto o traseiro contribui com 204 cv e 34,6 kgfm. Quando combinados, estes motores entregam um total de impressionantes 437 cv de potência e 65 kgfm de torque.
A transmissão automática da Shark possui um sistema semelhante ao dos veículos Honda e:HEV, com apenas uma marcha física. As mudanças de relação são suportadas pelos motores elétricos, proporcionando uma tração 4×4 eficiente. Nos testes realizados, a Shark mostrou-se capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5,8 segundos, um excelente desempenho para uma picape desse porte.
Como se destaca a autonomia e capacidade da bateria da BYD Shark?
A picape é equipada com baterias Blade de lítio-ferro-fosfato (LFP) que têm capacidade de 29,6 kWh, permitindo uma autonomia de 57 km no modo elétrico, de acordo com o Inmetro. A flexibilidade de recarga também é notável, com a possibilidade de recarga lenta (AC) até 6,6 kW e recarga rápida (DC) até 55 kW.
O tamanho da Shark é ligeiramente maior do que suas concorrentes a diesel, medindo 5,45 metros de comprimento, 3,26 metros de entre-eixos, 1,92 metros de altura e 1,97 metros de largura. A capacidade de carga da caçamba é de 1.200 litros, porém a carga máxima permitida é de 790 kg, uma cifra que se alinha mais com modelos menores, como a Fiat Strada, do que com picapes de porte semelhante. Esta capacidade reduzida é explicada pela presença do sistema híbrido que eleva o peso total da picape.
Quais são os principais equipamentos e recursos de segurança da Shark?
Em termos de conforto e conveniência, a BYD Shark não decepciona. Ela vem equipada com ar-condicionado digital de duas zonas, um painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas, e uma central multimídia de 12,8 polegadas com tela giratória. Além disso, possui um seletor de modos de condução, acesso por chave presencial ou cartão NFC, partida do motor por botão e bancos de couro com ajustes elétricos nos assentos dianteiros.
No quesito segurança, a Shark é equipada com seis airbags distribuídos entre os frontais, laterais e de cortina. O pacote ADAS de segurança ativa inclui frenagem automática de emergência, alertas de saída de faixa com correção no volante, alerta de ponto cego e controlador de velocidade adaptativo (ACC). Entretanto, ainda falta o recurso de estacionamento autônomo e assistente de tráfego traseiro cruzado, que são comuns em algumas concorrentes.
Qual é o potencial de mercado da BYD Shark no Brasil?
A Shark, apesar de ser a picape média com o maior preço do país, superior até a Toyota Hilux GR-Sport, traz um grande potencial de vendas. A BYD projeta vender entre 1.000 e 1.500 unidades mensais, o que a colocaria em competição direta com a Mitsubishi L200 Triton pelo quarto lugar nas vendas de picapes médias no Brasil. Este otimismo reflete as expectativas da empresa em relação à receptividade do mercado brasileiro à inovação e eficiência dos veículos híbridos.