Em 2017, o ator Mário Gomes foi chamado pelo então prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, para ocupar o cargo de assistente da Secretaria de Cultura. Na época, ele havia sido flagrado vendendo hambúrguer na praia e, como fez campanha para o então prefeito, foi convidado a trabalhar no poder público. Seu nome saiu no Diário Oficial da União divulgando o novo cargo, o que fez a rádio CBN informar um suposto salário do ator.
Na época, o veículo afirmou que o ex-global estava ganhando R$ 11 mil por mês, mas isso rapidamente foi desmentido por ele. Em entrevista ao jornal “O Globo”, Mário Gomes afirmou na época que ainda estava vendendo sanduíches na praia e que seu salário não era dos mais altos. “Meu salário é de R$ 1.567. Não é muito, mas estou bem feliz com esse dinheiro”, contou. “Estou estudando novas propostas para o meu negócio [venda de lanches]”.
Qual era o verdadeiro salário de Mário Gomes na prefeitura?
Embora houvesse especulações sobre um salário de R$ 11 mil, o próprio Mário Gomes desmentiu essa informação, confirmando que seu salário como assistente da Secretaria de Cultura era de R$ 1.567. Apesar de ser um valor relativamente baixo em comparação com o suposto, Gomes expressou sua satisfação com o trabalho e indicou que continuaria com seus negócios de venda de lanches.
Como Mário Gomes foi parar na prefeitura?
A trajetória de Mário Gomes até a prefeitura do Rio começou de maneira inusitada. Após ser flagrado vendendo hambúrgueres na praia, sua história chamou a atenção de Marcelo Crivella. Devido ao apoio que Gomes deu durante a campanha de Crivella, foi oferecida a ele a oportunidade de trabalhar no setor público, especificamente na Secretaria de Cultura. Essa transição é um exemplo de como a vida pode tomar rumos inesperados e como o apoio político pode abrir portas.
Por que Mário Gomes perdeu sua mansão na praia de Joatinga?
Aos 71 anos, Mário Gomes foi despejado de sua própria casa, uma mansão de luxo localizada na praia de Joatinga, na zona oeste do Rio de Janeiro. A casa, avaliada em R$ 20 milhões, foi leiloada por apenas R$ 720 mil após o ex-global não arcar com uma dívida de R$ 923 mil, além de mais de R$ 100 mil em IPTU. No entanto, de acordo com profissionais do mercado imobiliário e da Justiça, Gomes não está desabrigado.
Segundo o advogado especialista em direito imobiliário e sócio da TT & Co, Leonardo Morau, diversos tipos de dívidas podem resultar na perda de um imóvel, como dívidas trabalhistas, fiscais ou decorrentes de processos cíveis. No caso de Mário Gomes, ele se enquadra em duas naturezas de dívidas: trabalhista e fiscal.
Agora, após enfrentar esses reveses financeiros, Mário Gomes continua ativo no cenário político, desta vez se candidatando a vereador pelo Pros. Sua determinação em seguir em frente, mesmo diante de dificuldades, é um exemplo de resiliência e adaptação às novas circunstâncias. O caso de Gomes nos faz refletir sobre a importância de gerenciar bem as finanças e estar preparado para as mudanças inesperadas que a vida pode trazer.