Uma mulher polonesa, identificada apenas como Malgorzata, passou quatro anos de horror e sofrimento nas mãos de seu sequestrador, Mateusz J. A história de Malgorzata veio à tona no mês passado, quando ela revelou seu rapto a um médico em um hospital na região de Glogow, na Polônia, após ser levada por Mateusz para tratar um ombro deslocado.
Mateusz J foi preso na última sexta-feira (30/8), encerrando um pesadelo cruel que começou em 2019. Conhecida por Mateusz através de um site de namoro, Malgorzata foi aprisionada em um celeiro logo após viajar para encontrá-lo na vila de Gaiki, perto de Glogow.
Detalhes do Cativeiro
O celeiro onde Malgorzata foi mantida não tinha eletricidade, água encanada ou aquecimento, e a vítima vivia em condições deploráveis. Sem acesso a um banheiro ou luz solar, a jovem era forçada a sobreviver em um espaço insalubre e inóspito. A janela do celeiro estava fechada com tijolos, impedindo qualquer vislumbre do mundo exterior.
Como ela conseguiu sobreviver no cativeiro?
Malgorzata foi levada a hospitais várias vezes durante seu período de cativeiro, mas sempre sob ameaças e controle rigoroso de Mateusz. Ele a obrigava a usar uma balaclava para que ela não soubesse a localização do celeiro e a impedia de revelar sua situação a médicos e profissionais de saúde.
“Eu não podia contar a verdade aos médicos, eu estava com medo, e ele me ameaçou”, relatou a vítima ao site “MyGlogow”. A jovem sofreu inúmeras agressões físicas, tendo o braço e a perna quebrados, e precisou até de uma cirurgia para reparar danos no ânus no ano passado.
Comparações com o Caso Fritzl
A história de Malgorzata tem sido comparada ao notório caso de Josef Fritzl, que manteve sua própria filha presa no porão de sua casa por 24 anos, resultando em sete filhos incestuosos. Embora o caso de Malgorzata não apresente a mesma duração, a brutalidade e a crueldade são chocantemente semelhantes.
No período em que esteve aprisionada, Malgorzata chegou a engravidar de Mateusz e deu à luz um bebê, que foi entregue para adoção. A jovem revelou que, ocasionalmente, era levada para fora à noite para se lavar, mas muitas vezes era simplesmente molhada com uma mangueira de água fria.
- O cativeiro durou quatro anos.
- Condições insalubres: sem eletricidade, aquecimento ou água encanada.
- Forçada a usar balaclava para não conhecer a localização exata.
- Violência extrema, resultando em múltiplas hospitalizações.
- Malgorzata deu à luz durante o cativeiro e a criança foi entregue para adoção.
Felizmente, a coragem de Malgorzata em revelar sua situação ao médico levou à prisão de Mateusz J e à libertação da jovem de seu tormento. As autoridades polonesas continuam investigando o caso para garantir que todos os responsáveis sejam levados à justiça e que Malgorzata receba o apoio necessário para sua recuperação.