Em um cenário cada vez mais comum no mundo digital, Arianny Rosa Pereira, de 31 anos, residente de Goiânia, decidiu recorrer à Justiça após perder uma soma significativa de dinheiro em um jogo online conhecido como ‘jogo do tigrinho’. Segundo informações da CNN, influenciada por publicações nas redes sociais de Deolane Bezerra, Carlinhos Maia e Virgínia Fonseca, Arianny alega ter sido levada a gastar mais do que podia em apostas.
O processo, iniciado em abril de 2024, visa uma indenização de R$ 1,1 milhão. A ação lança um olhar crítico sobre a responsabilidade dos influenciadores digitais na promoção de plataformas de apostas, questionando a ética e os impactos dessas práticas nas vidas de seus seguidores.
Impactos do ‘Jogo do Tigrinho’ nas Finanças e Saúde de Arianny Pereira
De acordo com o processo, Arianny começou a fazer apostas de pequeno valor após ver as publicações dos influenciadores mencionados. Inicialmente, perdeu cerca de R$ 6 mil, uma quantia significativa para seu orçamento. Motivada pelas histórias de sucesso postadas nas redes sociais, ela decidiu investir mais dinheiro das economias herdadas de seu pai, que sofre de doença cardíaca.
Infelizmente, a tentativa de recuperar as perdas resultou em um prejuízo total de R$ 322 mil. O efeito psicológico da perda foi devastador, causando crise de ansiedade e convulsões, o que levou Arianny a ser internada em um hospital local para tratamento intensivo.
O advogado de Arianny, Cícero Goulart, argumenta que os influenciadores envolvidos foram negligentes ao promoverem plataformas de apostas sem esclarecer os riscos envolvidos. Segundo ele, as plataformas de jogos online são desenhadas para induzir perdas recorrentes enquanto prometem ganhos fáceis, prática que pode ser considerada desonesta.
Goulart aponta que a legislação sobre a responsabilidade de influenciadores digitais em tais casos ainda é insuficiente. Ele espera que a ação sirva como precedente para futuras referências legais, protegendo outros consumidores desses possíveis abusos e desinformações.
Como os Influenciadores e as Empresas de Apostas Se Defendem?
Em nota, a assessoria de Carlinhos Maia informou que ele e sua equipe jurídica ainda não foram notificados sobre o processo e, por isso, não farão comentários neste momento. Os representantes de Deolane Bezerra, Virgínia Fonseca e da plataforma Esportes da Sorte também não responderam às solicitações de comentário até o fechamento desta matéria.
A análise do Tribunal de Justiça de Goiás é aguardada com grande expectativa, já que a decisão pode influenciar os rumos da publicidade digital e a regulamentação das plataformas de apostas online no país.