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A maior parte da energia elétrica do Brasil vem das usinas hidrelétricas, representando cerca de 50% da produção. Com a escassez de chuvas, os reservatórios perdem volume, o que gera preocupações em relação à capacidade das usinas hidrelétricas. No período de calor mais intenso, que se aproxima, a população tende a usar mais aparelhos eletrodomésticos, como ar-condicionado e ventiladores, aumentando a demanda por energia.
A ideia por trás do horário de verão é aproveitar a maior duração da luz do sol nos meses dessa estação. Adiantar os relógios em uma hora permite que a população precise de iluminação artificial mais tarde, evitando a sobrecarga do sistema elétrico em horários de pico, como quando as pessoas chegam em casa do trabalho e utilizam diversos aparelhos elétricos simultaneamente.
“É naquele horário que o cidadão vai para casa, liga o ar-condicionado, o ventilador, toma banho, liga a televisão. Temos um grande pico de consumo, exatamente quando estamos perdendo energias intermitentes”, explicou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Impacto do horário de verão no consumo de energia elétrica
A energia intermitente é aquela produzida por fontes como a eólica e solar, que apresentam redução à noite devido à diminuição dos ventos e à ausência de luz solar. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) irão apresentar estudos sobre o horário de verão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que decidirá sobre a adoção da medida.
Segundo estudos, os hábitos de consumo de energia da população mudaram. Mesmo com a luz do dia, muitos aparelhos como ar-condicionado continuam a ser usados. O professor Luciano Duque, mestre em Energia Elétrica, aponta que a economia de energia causada pelo horário de verão não será significativa, já que o consumo atual é mais elevado devido a esses aparelhos.
Benefícios do horário de verão
O engenheiro Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, explicou que, embora a economia seja mínima – cerca de 0,5% do consumo de energia – o horário de verão ajuda a atenuar a “rampa” de acionamento das usinas no final do dia. Isso ocorre quando a geração solar diminui e é necessário acionar fontes de energia flexíveis como hidrelétricas e termelétricas, que são mais caras e poluentes.
Medidas alternativas
Especialistas ressaltam a importância do governo adotar medidas para manter a capacidade de produção de energia. Luciano Duque sugere investimentos em educação sobre economia de energia, ao invés de simplesmente implementar o horário de verão, devido ao incômodo que a mudança de horário pode causar.
Claudio Sales observou que os reservatórios não estão operando em níveis alarmantes e que, se as chuvas voltarem nos próximos meses, o Brasil não deve enfrentar grandes problemas no fornecimento de energia. A preservação dos recursos hídricos tem sido uma prioridade em reuniões do CMSE.
Ministério de Minas e Energia
O Ministério de Minas e Energia declarou que está analisando o retorno do horário de verão, considerando não só a geração de energia e os índices pluviométricos, mas também os impactos econômicos da medida. A decisão será baseada nos estudos que estão sendo realizados, e a expectativa é que uma conclusão seja apresentada em breve.
- Horário de Verão: Mudança de uma hora nos relógios para aproveitar a luz natural.
- Impacto Econômico: Análise dos efeitos econômicos da implementação do horário.
- Preservação de Energia: Importância de medidas educativas e planejamento energético.
- Reservatórios: Situação atual e previsão de chuvas para os próximos meses.
Fique atento às atualizações sobre a possível volta do horário de verão e como essa decisão pode afetar o consumo de energia e o cotidiano da população brasileira.