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Um porta-voz do Departamento de Estado americano classificou como “categoricamente falsas” as acusações de que os EUA estariam envolvidos em um complô para desestabilizar o governo Maduro. O funcionário confirmou que um militar americano foi detido e citou “relatórios não confirmados de outros dois cidadãos americanos detidos na Venezuela”, de acordo com a agência Reuters.
A Espanha também nega envolvimento em qualquer operação de desestabilização na Venezuela. “A Espanha nega e rejeita absolutamente qualquer insinuação de estar implicada em uma operação de desestabilização política na Venezuela”, disse uma fonte do Ministério das Relações Exteriores espanhol. O governo espanhol confirmou que os dois cidadãos espanhóis detidos não fazem parte do Centro de Inteligência Nacional (CNI) ou de qualquer organização estatal. “A Espanha defende uma solução democrática e pacífica para a situação na Venezuela.”
Prisões de cidadãos estrangeiros na Venezuela
O ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, anunciou a prisão de dois cidadãos espanhóis (José María Basua e Andrés Martínez Adasme), um cidadão tcheco e três americanos identificados como Wilbert Josep Castañeda, um “militar da ativa” e “chefe” da operação, Estrella David e Aaron Barren Logan. Segundo Cabello, foram apreendidos 400 fuzis dos Estados Unidos durante as operações.
O que leva a essas prisões?
O ministro venezuelano afirmou ainda que há um suposto plano para atentar contra o presidente Nicolás Maduro e autoridades do Executivo, após as eleições de 28 de julho de 2024, nas quais foi proclamada a reeleição do presidente em meio a denúncias de fraude pela oposição. As prisões de cidadãos estrangeiros provavelmente aprofundarão as relações já tensas da Venezuela com a Espanha e os Estados Unidos.
Papel dos centros de inteligência estrangeiros
Cabello vinculou os supostos planos para “atacar” a Venezuela aos centros de inteligência da Espanha, dos Estados Unidos e à líder opositora María Corina Machado, além de outros dirigentes. Nesta semana, a Venezuela chamou sua embaixadora em Madri para consultas e convocou o embaixador espanhol em Caracas para protestar contra os questionamentos à reeleição de Maduro.
As relações com o país europeu também se complicaram pela decisão do chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, de se reunir em La Moncloa com o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que é procurado pela justiça de seu país e viajou à Espanha para solicitar asilo.
Consequências diplomáticas
As tensões entre Venezuela, Espanha e Estados Unidos estão se intensificando. As recentes prisões e as acusações de envolvimento estrangeiro em complôs contra o governo Maduro estão acirrando o cenário diplomático. A situação está longe de ser resolvida, e as relações diplomáticas entre esses países estão em um limbo.
- Alegações de complô americano para desestabilizar Venezuela são negadas pelo Departamento de Estado dos EUA.
- Prisões de cidadãos espanhóis e americanos em solo venezuelano.
- Diosdado Cabello, ministro do Interior, anuncia apreensão de 400 fuzis.
- Suposto plano incluía atentados contra o presidente Nicolás Maduro.
- Reações diplomáticas incluem consultas e convocação de embaixadores.
Os próximos dias serão críticos para entender o desenrolar destas tensões diplomáticas. O mundo está de olho nos desdobramentos e nas possíveis repercussões políticas e sociais dessa situação. Enquanto isso, o governo de Maduro continua a assegurar a sua posição, tentando neutralizar qualquer ameaça ao seu mandato.