Foto: Imagem: reprodução do The Times
Diana e Scott Anderson, donos de um clube de golfe, sempre foram fanáticos pela Disney. Em 2012, depois de muitos anos na fila, entraram (por 50 mil dólares) no Club 33, um upgrade exclusivo para pessoas de alto poder aquisitivo. A adesão ao Club 33 dá direito a privilégios como jantar no Hunted Mansion (por US$ 2,500) e frequentar o escritório particular usado por Walt Disney. Logo, estavam convivendo no clube com VIPs como Nicolas Cage e Julia Roberts. Mas o sonho acabou mal, segundo reportagem do The Times.
Em 2017, segundo os Anderson, os preços começaram a subir na mesma proporção da queda dos serviços. Numa noite, Scott bebeu uma taça de vinho e duas cervejas num prazo de três horas. E teve a chamada “enxaqueca vestibular”, uma condição que faz a pessoa parecer embriagada. Deitou-se num banco do parque com a voz enrolada e foi denunciado por dois seguranças.
O que é o Club 33?
Para aqueles que não estão familiarizados, o Club 33 é um dos espaços mais exclusivos da Disney. Localizado em diversas partes dos parques da Disneyland, este clube privado oferece uma experiência única e luxuosa para seus membros. O valor da adesão e as anuidades são bastante elevados, e a lista de espera pode durar anos.
Questões Legais e Expulsão Polêmica
Os Anderson foram imediatamente expulsos do Club 33, depois de gastar cerca de um milhão de dólares entre visitas, hotéis, refeições e bebidas. Eles processaram a Disney em US$ 231.000 e apresentaram um depoimento de um expert atestando que Scott teve a enxaqueca vestibular e não estava bêbado. A Disney não tinha nenhuma prova contra ele. Em 45 minutos, o júri decidiu a favor da Disney, e os Anderson terão que pagar 400 mil dólares em despesas legais.
Por que os VIPs têm privilégios?
Agora o casal decidiu denunciar coisas que viram no Club. Dizem que 80% dos membros vendem acessos ao Club em troca de jantares ou 150 dólares. Outros compram produtos do clube para revender online. VIPs, como a cantora Katy Perry, alugam o Club 33 para amigos ou para ações de caridade. Tudo isso é expressamente proibido pelas regras do Club. No entanto, o único punido foi Scott Anderson, que passou a ser conhecido como “o bêbado do parque”.
O Club 33 é uma seita?
Diana Anderson descreveu a situação à reportagem do The Times: “A gente estava numa seita e nem sabia disso”. Esta declaração levanta uma importante questão sobre a natureza do Club 33 e até que ponto a exclusividade pode alienar e prejudicar seus membros.
A polêmica certamente não acaba aqui. Muitos associados e ex-associados podem ter suas próprias histórias para contar. O que fica para nós, observadores, é o questionamento sobre o balanço entre exclusividade e tratamento justo dentro de clubes tão elitistas.
Com essa denúncia, a imagem do Club 33 é posta em xeque, revelando um lado sombrio de um dos lugares mais mágicos do mundo. Se a justiça será feita ou não, só o tempo dirá.