A ginasta Rebeca Andrade, que brilhou mais uma vez nos Jogos Olímpicos, conquistando sua terceira medalha neste sábado, 3, no salto, causou um alvoroço ao anunciar que desistirá de competir no solo após os Jogos de Paris. A atleta, que também levou a prata no individual geral há dois dias, revelou que esta modalidade estava exigindo demais de seu corpo.
A notícia foi divulgada durante uma conversa com a imprensa depois de sua impressionante performance no salto. Rebeca, com sinceridade, explicou as razões por trás de sua decisão, destacando o impacto físico que a modalidade solo tem sobre suas pernas e joelhos.
Medalha de prata no salto nas Olimpíadas de Paris 2024
Neste sábado, Rebeca Andrade acrescentou mais uma medalha ao seu ilustre currículo. Atual campeã olímpica do salto, título conquistado em Tóquio-2020, Rebeca garantiu a prata na final da modalidade de ginástica artística, com uma média de 14.966.
Simone Biles, a renomada ginasta americana, conquistou o ouro com uma média de 15.300, enquanto sua compatriota Jade Carey completou o pódio levando bronze com média 14.466. Havia uma grande expectativa de que Rebeca executasse um salto inédito, mas ela decidiu não arriscar.
Por que Rebeca quer parar com o solo?
Rebeca Andrade explicou que a decisão de parar de competir no solo foi tomada considerando seu bem-estar físico. “Solo, com certeza, é o aparelho mais difícil para mim. É pesado para as minhas pernas, meus joelhos… São dores de cabeça que não preciso ter mais. Não preciso provar mais nada para ninguém, já fiz tudo o que eu queria”, disse Rebeca, com honestidade.
Ela enfatizou que, se estiver em plenas condições, continuará competindo. “Se eu estiver bem, vou fazer. Se não estiver, não vou fazer”, concluiu. A ginasta brasileira deixou em aberto sua participação nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028. Atualmente com 25 anos, ela terá 29 na próxima edição.
Na final do salto, Simone Biles elogiou publicamente Rebeca Andrade durante a coletiva de imprensa. “A Rebeca é muito, muito talentosa, uma ginasta muito poderosa. Ela me dá trabalho, mas eu amo competir com ela, é sempre uma honra e muito divertido, então eu sempre aproveito muito”, afirmou Biles.
Rebeca, por sua vez, expressou uma admiração mútua pela campeã americana. “Simone é de outro mundo, mas a gente sempre busca evoluir da maneira possível, poder ver e assistir a ginástica é incrível, poder vê-la me incentiva a ser melhor”, mencionou a brasileira.
O futuro da ginástica brasileira
Com a decisão de abandonar a competição no solo, a ginasta brasileira deve focar em modalidades menos agressivas para seu corpo, como o salto e as barras. Sua trajetória até o momento é um testemunho de perseverança e habilidade, tendo Rebeca já se consolidado como uma das principais atletas da ginástica artística mundial.
- Prata no individual geral nas Olimpíadas de Paris 2024
- Prata no salto nas Olimpíadas de Paris 2024
- Ouro no salto nas Olimpíadas de Tóquio 2020