foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O clima das eleições municipais em São Paulo esquentou nesta segunda-feira (26). Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito e candidato à reeleição, fez duras críticas ao seu adversário, Pablo Marçal (PRTB), durante uma coletiva de imprensa. Nunes não poupou palavras e chamou Marçal de “moleque”, “lacrador” e “irresponsável”. Além disso, o prefeito afirmou que o partido de Marçal está envolvido até o pescoço – “ou melhor, até o nariz” – com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Marçal, até o momento, não respondeu às acusações. Nunes argumentou que suas declarações não são ataques, mas uma exposição de fatos. Ele afirmou que a imprensa está relatando o envolvimento do PRTB com o PCC e que é importante que a população tenha conhecimento dessas relações.
Acusações de Envolvimento com o PCC
De acordo com Ricardo Nunes, o PRTB enfrenta sérias acusações de ligação com o crime organizado. Antigos aliados do presidente nacional do PRTB e articuladores informais da legenda de Marçal são acusados de trocar carros de luxo por cocaína para o Primeiro Comando da Capital, financiando o tráfico de drogas e dividindo seus lucros.
Qual foi a resposta de Nunes sobre o debate?
Ao ser questionado sobre sua participação no próximo debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes foi claro. Ele expressou seu desejo de participar, mas destacou a necessidade de diferenciar um debate sério de um “palco para um irresponsável, um moleque, fazer cortes e disseminar mentiras”. Segundo o prefeito, Marçal tem demonstrado uma completa falta de compromisso com a verdade.
Nivel de Irresponsabilidade Absurda
Em um vídeo recente, Pablo Marçal acusou Nunes de se reunir com o presidente Lula (PT) para tratar da suspensão de suas redes sociais. Nunes classificou essa acusação como um “nível de irresponsabilidade absurdo”. O prefeito declarou que está lidando com alguém que não tem compromisso com a verdade, o que gera grande preocupação sobre até onde Marçal pode chegar com sua falta de compromisso.
Estrategia Eleitoral
De acordo com o Estadão, a equipe de Nunes aguardava que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu círculo começassem a atacar Marçal antes de o prefeito se posicionar de forma mais aberta contra o adversário. Membros da campanha do emedebista afirmaram que se Nunes tivesse começado os ataques sozinho, sem o apoio dos aliados de Bolsonaro, poderia haver risco de desgaste com o eleitorado mais alinhado ao ex-presidente, que em grande parte apoia Marçal.