Na recente segunda-feira (8/7), um grupo de manifestantes composto por autoridades locais, incluindo o prefeito de Natal, Álvaro Dias, e o secretário de Urbanismo e Meio Ambiente (Semurb), Thiago Mesquita, protagonizaram uma ação contundente na sede do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). Esta ocasião gerou ampla publicidade tanto pela participação de figuras públicas quanto pela natureza turbulenta do evento.
A concentração inicial ocorreu na Avenida Alexandrino de Alencar, progredindo em direção ao Idema, onde a situação escalou para um arrombamento do portão, culminando em momentos de confusão e aumento do policiamento no local. Notavelmente, o ato tinha como principal estimulador o atraso nas licenças ambientais necessárias para a realização de importantes obras no local turístico de Ponta Negra.
Urgente 🚨: Cargo comissionado de Álvaro Dias agride servidor do Idema. Além disso, os cargos comissionados do Prefeito tentaram quebrar o portão do órgão público. pic.twitter.com/u0oetkXHIM
— Pedro Moreira (@pedrosmoreira13) July 8, 2024
Por que a manifestação foi realizada?
O estopim para tal episódio foi provocado pela demora na emissão de uma licença de instalação por parte do Idema, um procedimento que, por lei, deve ser realizada em até 120 dias – prazo este que, até então, não tinha sido cumprido. As autoridades municipais e os manifestantes buscavam chamar a atenção para os atrasos que estavam impedindo o início de obras significantes para o desenvolvimento e o turismo da região.
Impactos da demora nas licenças ambientais
O atraso na liberação das licenças ambientais é uma preocupação não apenas administrativa, mas também econômica e social. O prefeito Álvaro Dias, durante as manifestações, enfatizou que o tempo perdido afeta direta e negativamente a eficiência de projetos significativos como o de Ponta Negra, que promete revitalizar uma das principais praias da cidade, atraindo mais turistas e melhorando a infraestrutura local.
Detalhes do projeto em Ponta Negra
- A obra propõe a utilização de uma draga holandesa para extrair areia de um banco a aproximadamente 7 km da costa.
- Estima-se o uso de 1 milhão de metros cúbicos de areia.
- O processo incluirá o bombeamento de areia e água até a praia, onde o material será redistribuído.
Posicionamentos e Futuras Medidas
Apesar das alegações de que não houvera uma invasão e que apenas se ocupou temporariamente uma área pública, houve repúdio por parte do Gabinete Civil do Rio Grande do Norte, denunciando a atitude como uma ameaça aos servidores e um risco ao patrimônio público. Tais eventos levantam debates importantes sobre as estratégias políticas utilizadas para chamar atenção para causas públicas e a necessidade de agilidade nos processos burocráticos que impactam diretamente a população.