Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, recentemente perdeu sua verificação de entidade governamental na rede social X, propriedade do empresário Elon Musk. Essa mudança ocorreu após um confronto público entre Maduro e Musk, gerado por acusações de fraude eleitoral nas recentes eleições venezuelanas.
Maduro, que se proclamou vencedor das eleições do último domingo em meio a acusações de fraude, possuía a placa prateada de verificação, que é concedida a membros de governos ou organizações multilaterais no X. Exemplos de outros líderes com essa verificação incluem Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.
O Confronto entre Musk e Maduro
A perda da verificação de Maduro aconteceu logo após seu perfil nas redes sociais da Meta (Facebook, Instagram e Threads) também ter suas respectivas verificações removidas. Esse evento intensificou o já tenso confronto entre Musk e Maduro.
Elon Musk foi um dos críticos mais vocais do resultado eleitoral na Venezuela, chegando a acusar Maduro de “fraude eleitoral significativa”. Em resposta, Maduro chamou Musk de “o arqui-inimigo da paz na Venezuela”. A troca de farpas nas redes sociais ganhou atenção internacional.
Quais as Consequências da Perda de Verificação?
Como resultado direto dessa disputa, Maduro agora possui apenas a verificação azul no X, a qual pode ser adquirida por qualquer usuário mediante pagamento de US$ 8 mensais pelo serviço X Premium. Essa perda é significativa, pois retira o status oficial de sua conta, algo que pode afetar a percepção pública de sua legitimidade e alcance nas redes sociais.
Além disso, a retirada de sua verificação por parte das plataformas da Meta também reforça a percepção negativa ao redor do líder venezuelano. Contudo, a verificação azul ainda permite a Maduro manter uma presença ativa e engajada na plataforma.
A fraude eleitoral é um tema central nessa disputa porque questiona a autenticidade e integridade do processo democrático na Venezuela. Musk não está sozinho em suas críticas. Outros líderes, como o presidente argentino Javier Milei, também expressaram seu descontentamento publicamente.
Javier Milei, por exemplo, afirmou que “os números anunciam uma esmagadora oposição à vitória [de Maduro]” e que o mundo espera que o governo reconheça a derrota após anos de “socialismo, miséria, decadência e morte”. Essa pressão internacional é um claro indicativo de que há uma preocupação global sobre a veracidade das eleições na Venezuela.
Como a Comunidade Internacional Está Reagindo?
A reação internacional tem sido majoritariamente de rejeição ao resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano. Países como Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai questionaram o resultado oficial, levando a chancelaria de Caracas a expulsar os embaixadores dessas nações.
Nessa segunda-feira, o CNE proclamou oficialmente Maduro como presidente após anunciar que ele ganhou as eleições com 51,2% dos votos. No entanto, a oposição, liderada por María Corina Machado, afirma que seu candidato Edmundo González Urrutia obteve 73% dos votos, segundo as atas de votação que estão sendo verificadas publicamente.
Essa divisão forte e clara nas narrativas aumenta a pressão sobre a administração de Maduro e fortalece as afirmações de fraude e manipulação dos resultados eleitorais.