Foto: Reprodução.
A tentativa de assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desencadeou uma série de reações políticas. O incidente, ocorrido durante um comício na Pensilvânia, levou à emergência de posições controversas dentro do próprio campo político dos Bolsonaro no Brasil.
A situação ganhou um contorno ainda mais complexo com a divergência entre os irmãos Bolsonaro. Carlos Bolsonaro chamou de “babacas” aqueles que dizem que o atentado condecorou a vitória de Trump nas eleições presidenciais, referindo-se indiretamente ao seu irmão Eduardo, que defendeu a eleição de Trump como um desfecho inevitável após o atentado.
Qual foi a resposta de Eduardo Bolsonaro ao atentado?
Eduardo Bolsonaro foi rápido em associar o ataque ao seu pai, Jair Bolsonaro, durante a campanha de 2018, mostrando uma convicção de que tais eventos fortalecem políticamente os visados. Ele postou nas redes sociais que o atentado, de certa forma, garantiria a reeleição de Trump, citando a própria experiência familiar com situações semelhantes.
❌Primeiro o humilharam
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) July 14, 2024
❌Rotularam de tudo
❌Tentaram prendê-lo
Agora tentaram matá-lo!
Impossível não relembrar da facada em @jairbolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018 feita por um ex-membro do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade).
Falarão em atentado à democracia? pic.twitter.com/CuX3GfPwIq
Trust me: he is already elected. We have experience with a situation like that, we know the enemy – and you too. https://t.co/1epme3j7D5
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) July 14, 2024
Reação de Carlos Bolsonaro ao comentário do irmão
Carlos Bolsonaro, por sua vez, criticou a postura de considerar o atentado como uma ferramenta eleitoral. Em um post nas redes sociais, ele expressou desapontamento com a falta de sensibilidade de alguns ao tratarem do incidente, sem mencionar diretamente seu irmão, mas claramente direcionando a crítica a ele e a outros que compartilham dessa visão.
Muitos estão dizendo: “agora ele está eleito”! Sinceramente falta muita humanidade à muita gente. Umas usam isso porque são babacas mesmo, outros porque acaba saindo naturalmente, mas se esquecem que por trás das possibilidades eleitorais há um ser humano que não morreu por um…
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) July 14, 2024
Detalhes do atentado contra Donald Trump
O atentado ocorreu na cidade de Butler, Pensilvânia. Thomas Matthew Crooks, o atirador identificado pelo FBI, estava estrategicamente posicionado no telhado de uma fábrica próxima ao local do comício. Armado com um fuzil AR, Crooks conseguiu atingir Trump, que sofreu ferimentos leves.
Informações preliminares indicam que Crooks tinha apenas 20 anos e já era filiado ao Partido Republicano desde 2021. Após o ataque, foi neutralizado pelo Serviço Secreto. Até o momento, os motivos que levaram Crooks a cometer tal ato ainda estão sendo investigados, com poucos detalhes divulgados pelas autoridades.
A reação ao incidente expõe as tensões dentro de famílias políticas e destaca a divisão de opiniões sobre como eventos trágicos são percebidos e explorados politicamente. Enquanto alguns veem como um catalisador para solidarizar apoio, outros criticam a mercantilização da violência política. Independentemente das perspectivas, o pano de fundo traz à tona a complexidade das respostas humanas em face de eventos dramáticos.
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