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Um vasto estudo realizado pelo Harvard Pilgrim Health Care Institute trouxe revelações sobre como diferentes antidepressivos afetam o ganho de peso dos pacientes. Publicada na prestigiada Annals of Internal Medicine, a pesquisa detalhou a análise de dados de mais de 183.000 adultos norte-americanos que iniciaram tratamentos com diversos antidepressivos.
A escolha do antidepressivo pode desempenhar um papel significativo na probabilidade de um indivíduo ganhar peso, descobriram os pesquisadores. A pesquisa aponta, de forma notável, que aqueles tratados com bupropiona tinham de 15% a 20% menos chances de apresentar um ganho de peso considerado clinicamente significativo, quando comparado aos tratados com sertralina, um dos fármacos mais administrados neste setor.
Quais antidepressivos afetam mais o ganho de peso?
A trama do estudo concentrou-se na análise do progresso de pacientes que utilizaram sertralina, citalopram, escitalopram, fluoxetina, paroxetina, bupropiona, duloxetina e venlafaxina durante 24 meses. Foi identificado que, entre os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) – como sertralina, escitalopram e paroxetina – o escitalopram e a paroxetina mostraram-se associados a um risco até 15% maior de desenvolvimento de peso clinicamente significativo nos primeiros seis meses, em relação à sertralina.
Como esse estudo influencia a prescrição de antidepressivos?
Os resultados adquiridos oferecem insights essenciais para médicos e pacientes na escolha do medicamento antidepressivo mais apropriado, equilibrando os benefícios e os possíveis impactos, como o ganho de peso. A possibilidade de personalizar o tratamento não apenas optimiza os benefícios da terapia, mas também pode prevenir possíveis problemas de saúde a longo prazo associados ao aumento de peso.
Qual é a importância de uma abordagem personalizada na prescrição de antidepressivos?
Este estudo enfatiza a necessidade de uma abordagem personalizada no tratamento da depressão. Através da análise detalhada dos efeitos colaterais de cada tipo de antidepressivo, os profissionais de saúde podem tailorizar tratamentos que maximizem os benefícios enquanto minimizam os riscos. Isso se mostra essencial para a melhoria dos resultados em saúde e a qualidade de vida dos indivíduos afetados por desordens depressivas e ansiedade.
Encaminhando para a prática médica, a personalização do tratamento propiciada por estudos como este, ilumina não apenas o caminho para tratamentos mais eficazes, mas também orienta a uma maior conscientização sobre as repercussões de longo prazo dos fármacos utilizados na psiquiatria moderna. A tomada de decisões informadas torna-se, portanto, um ponto crucial na gestão da saúde mental.