A Polícia Civil de Alagoas revelou detalhes de um inquérito que envolve a utilização de inteligência artificial para criar montagens pornográficas envolvendo adolescentes de escolas locais. Segundo o relatado, um grupo de sete jovens, com idades entre 14 e 16 anos, manipulou imagens de colegas, substituindo suas vestes por corpo nu, sem consentimento das vítimas.
Essas montagens eram posteriormente destinadas à venda nas redes sociais, por aproximadamente R$ 10 cada. A situação ganhou severidade devido ao uso e disseminação dessas imagens sem permissão, levando a ações judiciais e enorme preocupação entre famílias e a comunidade escolar local.
Como foi descoberta a manipulação de imagens pelos adolescentes?
A operação, apelidada de ‘Deepfake’ pela equipe de investigação, incluiu diligências como mandados de busca e apreensão realizados nas residências dos suspeitos situadas em bairros de classe média alta em Maceió. Durante as operações, foram recolhidos diversos dispositivos eletrônicos como smartphones, tablets e notebooks, que passaram por uma extensa análise pericial.
Qual o potencial impacto dessa manipulação de imagens?
As atividades ilícitas, detalhadas pelos delegados encarregados do caso, indicam possíveis acusações de divulgação de imagem pornográfica envolvendo adolescentes, difamação em rede social e associação para o crime. O resultado do inquérito policial foi encaminhado à Vara da Infância e da Juventude de Maceió, e aguarda revisão pelo Ministério Público para potencial formulação de denúncia.
Cuidados e consequências das tecnologias de edição de imagem
Este caso ressalta a necessidade crescente de conscientização sobre o uso de novas tecnologias como a inteligência artificial no processamento de imagens. O caso também levanta importantes questões sobre privacidade, consentimento e as repercussões legais de tais ações. Especialistas em segurança digital reforçam a importância de manter softwares e aplicações sob rigoroso escrutínio ético para evitar violações de direitos.