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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi designado como relator do pedido de indiciamento do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Ambos foram colegas de Esplanada enquanto Dino ocupava o Ministério da Justiça no governo Lula (PT).
Além disso, os fatos investigados ocorreram no Maranhão, estado que o atual ministro do STF governou por oito anos. Juscelino, conterrâneo de Dino e atual ministro das Comunicações, é suspeito de participar de um esquema de desvio de emendas parlamentares quando era deputado federal, direcionadas para a cidade de Vitorino Freire, no interior do Maranhão, onde sua irmã, Luanna Rezende, é prefeita e onde seu pai já foi prefeito duas vezes.
O relatório da Polícia Federal foi enviado nesta terça-feira, 11, e Juscelino é investigado por crimes como corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa. Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que 80% da estrada custeada pela emenda beneficiou propriedades dele e de seus familiares na região.
Em nota, o ministro das Comunicações afirmou que o “indiciamento é uma ação política e previsível”. Criticou a investigação, sugerindo que se desviou de seu propósito original de descobrir a verdade, concentrando-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos. Segundo ele, o delegado responsável pelo caso não fez questionamentos relevantes durante seu depoimento, que teria sido encerrado abruptamente após apenas 15 minutos, sem espaço para esclarecimentos ou aprofundamento.