Durante a pandemia da Covid-19, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de críticas devido à sua postura em relação à vacinação contra a doença. Nesta sexta-feira, Bolsonaro usou as redes sociais para alfinetar seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre o mesmo tema. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, Lula recebeu o imunizante da dengue no início de fevereiro, em uma clínica privada, cinco dias antes do início da campanha do SUS.
“Se vacinou escondido… O povo que se dane”, escreveu Bolsonaro no Twitter, acompanhando o post com a reprodução da reportagem da Folha. As reações ao ex-presidente foram variadas, com críticas tanto à atitude de Lula quanto ironias dirigidas a Bolsonaro.
“Surpreende zero pessoas”, reclamou uma seguidora. “Esse descondenado nunca se preocupou com o povo”, atacou outra. “Lula como sempre egoísta”, afirmou um terceiro.
Alguns usuários defenderam Lula, mencionando que ele não desencorajou a vacinação durante a pandemia, ao contrário de Bolsonaro, que teria fraudado seu próprio cartão de vacinação, segundo indiciamento pela Polícia Federal. O ex-presidente foi acusado de manipular os cartões dias antes de viajar para os Estados Unidos, evitando passar a faixa presidencial para Lula.
Além de Bolsonaro, outros políticos de oposição aproveitaram a reportagem da Folha para criticar Lula, incluindo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente.
A Folha revelou que Lula se vacinou contra a dengue em 5 de fevereiro, em uma clínica privada, sem divulgação e quatro dias antes do início da campanha de imunização pelo SUS. Não há ilegalidade no recebimento da dose em instituições particulares, mas o governo se recusou a fornecer detalhes sobre o modelo, custo da vacina aplicada e nome do laboratório, segundo o jornal.