Durante o intervalo do jogo de domingo, 5 de maio, entre Vitória e São Paulo pelo Brasileirão, o zagueiro Wagner Leonardo, do Vitória, fez uma interrupção inesperada na entrevista do atacante Luciano. O motivo? Uma expressão de frustração contra a arbitragem no Barradão, em Salvador (BA). Wagner havia sido expulso apenas seis minutos após o início do jogo por um suposto golpe no rosto de Calleri durante um cruzamento na área.
Wagner, com cinco anos de carreira profissional e sem histórico de expulsões, sentiu a necessidade de se pronunciar. “Não estou aqui para criar polêmica, mas a arbitragem precisa considerar o histórico e ser coerente”, disse ele, segundo informações do Estadão.
O defensor do Vitória insistiu que não houve agressão ao adversário. “No momento do lance, Calleri estava me puxando. Eu estava focado na bola o tempo todo. Quando tentei me desvencilhar dele, houve contato, mas é muito fácil rotular isso como agressão”, explicou.
Ele acrescentou: “Tenho a consciência tranquila de que vou dormir sabendo que não agredi ninguém. Não preciso pedir desculpas por uma agressão que não cometi. Estou chateado porque essa é a maior injustiça que já sofri no futebol”.
Inicialmente, o árbitro Ramon Abatti Abel (SC) nem considerou falta no lance. No entanto, após revisão no VAR, ele mudou de ideia e decidiu dar o cartão vermelho a Wagner.
O jogo terminou com a vitória do São Paulo por 3 a 1. No momento da expulsão, o placar estava empatado em 0 a 0. O São Paulo abriu o placar aos 45 minutos do primeiro tempo com um gol de Luciano, que marcou novamente na segunda etapa. Ferraresi fez o terceiro gol, enquanto Willian Oliveira descontou para o time baiano.