foto: Reprodução
Suyany Breschak foi presa sob suspeita de envolvimento no crime e afirmou que Júlia contratava seus serviços para que familiares e namorados não descobrissem que ela era garota de programa.
Uma mulher de 29 anos é suspeita de envolvimento na morte do namorado, o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, 44, encontrado morto dentro do seu apartamento no Rio de Janeiro.
— UOL Notícias (@UOLNoticias) May 30, 2024
📌 Júlia Andrade Cathermol Pimenta está foragida. A suspeita é de que o empresário tenha sido… pic.twitter.com/ufbiB8wdCj
Namorada é suspeita de dopar e matar empresário no Engenho Novo com ajuda de cigana
A cigana Suyany Breschak, que segundo a polícia ajudou Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, a planejar a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, revelou em depoimento como ficou sabendo do crime. Segundo ela, Júlia ligou e disse que o empresário estava morto, precisando usar lençóis e cobertores para enrolar o corpo e ventiladores para minimizar o cheiro no apartamento.
Um dia após o crime, Júlia ligou um ventilador na direção do sofá onde o corpo estava, pois “estava fedendo demais”. Ela também lavou o apartamento com água sanitária, pois até urubus começaram a aparecer na janela. O homem foi encontrado morto no dia 20 de maio, no apartamento dele no Engenho Novo, Zona Norte do Rio.
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Suyany Breschak está presa por suspeita de envolvimento na morte de empresário no Engenho Novo — Foto: Reprodução
A cigana, que atuava como mentora espiritual de Júlia, disse que realizava trabalhos de limpeza para que familiares e namorados não descobrissem que ela era garota de programa. Suyany afirmou que, ao longo dos anos, Júlia contraiu uma dívida de R$ 600 mil.
De acordo com o depoimento, Júlia admitiu ter colocado 50 comprimidos de um analgésico moídos em um brigadeirão e dado para o empresário comer. Ela também consumiu o doce, mas em um prato sem a substância. Suyany disse que o casal se conhecia havia cerca de 10 anos e que Luiz já sabia que Júlia era garota de programa, pois foi assim que a conheceu na internet.
Suyany relatou que Júlia explicou como o empresário morreu: “Luís Marcelo começou a respirar de maneira ofegante, fez um barulho alto e, do nada, parou.”
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Suyany Breschak foi presa por envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond — Foto: Reprodução
Vizinhos sentiram cheiro forte
O corpo foi encontrado no dia 20 de maio, uma segunda-feira. Os vizinhos desconfiaram por causa do cheiro forte e chamaram a polícia. Júlia conviveu com o cadáver durante todo o fim de semana. Segundo a polícia, o objetivo era roubar a vítima.
No sábado (18), Júlia aparece sozinha no elevador, indo até a garagem e colocando itens no porta-malas do carro de Luiz Marcelo. No domingo (19), às 10h40, Júlia vai até a academia do prédio para malhar. Na segunda (20), ao meio-dia, ela aparece com dois celulares. Cerca de uma hora depois, está na portaria com uma mala e duas bolsas. Às 13h20, ela vai embora, mas só depois de esperar o cartão da conta conjunta que abriu com Luiz chegar no prédio.
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Júlia Andrade Cathermol Pimenta é procurada pela morte do namorado, o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond — Foto: Reprodução
O laudo apontou que o corpo de Luiz Marcelo estava em avançado estado de decomposição e que a morte ocorreu entre três e seis dias antes de ser encontrado. A necropsia não determinou a causa da morte. O perito identificou pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo. Segundo a investigação, Luiz Marcelo comeu um brigadeirão envenenado que, provavelmente, estava no prato que ele segurava no elevador.
A polícia encontrou um analgésico forte na cena do crime e apurou que Júlia, nove dias antes da última imagem de Luiz Marcelo vivo, foi até uma farmácia e pediu medicamento de uso controlado. Júlia chegou a prestar depoimento, mas foi fria e afirmou que Luiz serviu o café da manhã dela na segunda de manhã, o que é impossível de acordo com a necropsia.
“É um caso aberrante porque evidencia extrema frieza. Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima, com o cadáver, por cerca de três a quatro dias. Lá, ela teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado e até descido para a academia, retornando ao apartamento onde o cadáver se encontrava”, disse o delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo).
Suyany foi presa nesta terça-feira (28) em Cabo Frio, na Região dos Lagos, e transferida nesta quarta (29) para o Rio. O advogado de Suyany, Cleison Rocha, afirmou que ela é inocente e está sendo acusada injustamente. “A Suyany trabalha com cartas e búzios, e a Júlia se consultava apenas com a Suyany. Não são amigas, elas têm apenas uma relação profissional.” Para a polícia, o crime foi premeditado.
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Polícia divulga cartaz pedindo informações de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de matar o namorado — Foto: Divulgação