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Bloqueada desde 2019, uma conta de empresa offshore operada por dois investigados no esquema de desvio e lavagem de dinheiro teve seu destino decidido pelo juiz competente. Segundo o MPF, a conta era operada por dois investigados na Operação Eficiência, deflagrada em 2017, que mirava o esquema de desvio e lavagem de dinheiro de contratos do governo do Estado do Rio durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral. A soma milionária foi bloqueada em 2019.
O dinheiro repatriado estava em uma conta na Suíça em nome da offshore Trueway Foundation, que, segundo o MPF, era uma fachada para lavagem de dinheiro. O pedido de repatriação foi feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPF). A 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro autorizou o MPF a solicitar a devolução do dinheiro por meio de cooperação jurídica internacional. No total, cerca de R$ 270 milhões já foram repatriados no âmbito da Operação Eficiência.
Desmembramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, a Operação Eficiência investigou a ocultação no exterior de aproximadamente US$ 100 milhões, cerca de R$ 512 milhões. Na época, foram expedidos mandados de prisão para o ex-governador Sérgio Cabral, já preso, e o empresário Eike Batista.
Foram presos preventivamente na ocasião Flávio Godinho, ex-braço direito de Eike Batista e, na época, vice-presidente de futebol do Flamengo, e Sérgio de Castro de Oliveira, o Serjão. Ambos foram apontados como operadores do esquema. O ex-secretário de Cabral, Wilson Carlos, e o ex-assessor Carlos Miranda também foram alvos. Além deles, a operação mirou Thiago Aragão, sócio do escritório de Adriana Ancelmo, o doleiro Álvaro José Galliez Novis, e o publicitário Francisco de Assis Neto, o Kiko.