O governo do presidente Lula optou por dispensar a oferta de auxílio do Uruguai no resgate das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), havia solicitado apoio às autoridades uruguaias no último sábado, dia 4.
O pedido incluía o empréstimo de duas lanchas motorizadas com suas respectivas tripulações, dois drones operados por especialistas uruguaios para busca de pessoas isoladas e um avião de transporte Lockheed KC-130 H Hercules, que poderia transportar as lanchas para as áreas afetadas e também auxiliar no transporte de doações humanitárias arrecadadas no Uruguai.
Apesar de o governo uruguaio ter dado sinal verde para o empréstimo dos equipamentos, conforme reportagem da Folha de São Paulo, o governo federal brasileiro recusou a oferta, alegando que os equipamentos não eram necessários naquele momento.
“Recebemos a informação extraoficial de que o comando [operacional] no Rio Grande do Sul achou que não era necessário”, afirmou José Henrique Medeiros Pires, secretário-executivo do governo do Rio Grande do Sul, em entrevista à Folha.
O posicionamento do governo petista
Segundo o Ministério da Defesa, a recusa da oferta se deu devido a restrições nas pistas disponíveis para pouso em Porto Alegre. O ministério destacou que o Brasil já possui uma aeronave KC-390 que atende às necessidades de transporte, pois é capaz de pousar em pistas menores e transportar cargas mais volumosas.
Entretanto, Pires ressaltou que existem outros aeroportos operacionais no Rio Grande do Sul com condições de receber a aeronave uruguaia. Durante uma audiência no Senado, ele mencionou a oferta do Uruguai e solicitou agilidade da Agência Brasileira de Cooperação, vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, para autorizar a entrada das lanchas no Brasil.
Ajuda da Argentina
Além disso, o Ministério das Relações Exteriores argentino disponibilizou uma brigada composta por 20 militares e cães da Polícia Federal argentina. Também estão à disposição especialistas em logística da equipe de assistência humanitária do Estado, um avião para transporte de pessoas ou cargas, três helicópteros para retirada de pessoas de áreas afetadas, uma equipe móvel de saúde, mergulhadores táticos da Marinha local, engenheiros de barco e pastilhas para purificação de água.
Com informações da Folha de SP