Segundo informações da CNN/Caio Junqueira, os representantes dos acionistas minoritários da Petrobras, Francisco Petros e Marcelo Gasparino, expressaram sua posição contrária à nomeação de Magda Chambriard para a presidência da estatal.
Petros votou a favor da nomeação de Chambriard para o conselho, mas se opôs à sua eleição como presidente. Marcelo Gasparino, por sua vez, se absteve nas votações.
Ambos já vinham destacando a necessidade de que o processo passasse por uma assembleia geral antes da aprovação no conselho. Caso contrário, considerariam uma usurpação do poder da assembleia pelo próprio Conselho.
A tese apresentada é a seguinte: como Jean Paul Orates e todo o conselho foram eleitos por voto múltiplo, se um conselheiro saísse (como ocorreu com Prates), todo o conselho deveria ser reavaliado.
Fontes internas da estatal relataram à CNN que, em teoria, o conselho pode eleger o presidente e, na primeira assembleia, ratificar o nome, como é comum. No entanto, apontam que no sistema de voto múltiplo, uma nova eleição para a presidência pode alterar o resultado anterior. Nesse cenário, uma nova assembleia seria necessária.
O receio, segundo os relatos internos, é que o conselho esteja evitando convocar a assembleia porque o Supremo Tribunal Federal recentemente validou a Lei das Estatais neste mês. Existe o risco de o presidente do Conselho, Pietro Mendes, ser submetido a escrutínio caso a assembleia seja realizada.