Foto: EFE/ Bienvenido Velasco
O candidato do partido conservador Realizando Metas, José Raúl Mulino, confirmou sua vitória como novo presidente do Panamá, em linha com as pesquisas eleitorais. Com mais de 92% dos votos apurados até a noite deste domingo (5), Mulino já contava com 34,47% de apoio nas urnas, após ter sido escolhido de última hora devido à inelegibilidade do ex-presidente Ricard Martinelli por corrupção.
O presidente do Tribunal Eleitoral do país, Alfredo Juncá, telefonou para Mulino para notificar sua vitória e convidá-lo para uma reunião na sede do poder eleitoral. “Congratulo-me com os resultados expressos, que representam a vontade majoritária do povo panamenho em nossa democracia”, afirmou Mulino após receber os primeiros resultados.
O sistema eleitoral do Panamá não prevê segundo turno, sendo o vencedor aquele que obtiver maioria no primeiro pleito. Em segundo lugar nas urnas ficou o candidato de centro-direita e ex-cônsul em Washington Ricardo Lombana, com 24,9%, seguido pelo ex-presidente Martín Torrijos, com 16,01%.
Uma das promessas de destaque na curta campanha de Mulino foi o fechamento da Selva de Darién, localizada entre a Colômbia e o Panamá, considerada um dos focos da atual crise migratória nas Américas. Controlada por criminosos colombianos, a selva é rota para milhares de imigrantes, principalmente venezuelanos, que fazem travessias ilegais em busca de melhores condições de vida.
Durante seu mandato como ministro de Segurança no governo Martinelli, Mulino conseguiu erradicar a presença das Farc no trecho da selva localizado no território panamenho.
Além da eleição presidencial, o Panamá também votou para preencher 20 vagas no Parlamento Centro-americano e 71 na Assembleia Nacional.