24/7/2023 – REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração/Arquivo
A plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, anunciou hoje que uma “falha técnica” permitiu que seis perfis bloqueados por decisões judiciais compartilhassem links para transmissões ao vivo em outras redes por meio de suas contas. A empresa afirmou que as publicações só eram visíveis em dispositivos móveis e que a falha, considerada “pontual”, já foi corrigida.
Além disso, o X esclareceu que os usuários das contas em questão, incluindo o jornalista Allan dos Santos, tentaram contornar as restrições utilizando de maneira “inovadora” o recurso “Spaces”, que possibilita comunicação por áudio. Segundo a plataforma, não se trata de uma “reativação das contas” ou autorização para o uso da plataforma, mas sim de uma falha técnica isolada.
As informações foram fornecidas pelo X em resposta ao inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar a suposta obstrução de Justiça pelo bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, que solicitou manifestação da plataforma após um relatório da Polícia Federal identificar atividade de seis perfis bloqueados no X.
No documento apresentado pelos advogados do X Brasil, a plataforma ressaltou que o relatório da PF pode levar a uma interpretação incompleta das ações adotadas pela rede social e destacou os desafios enfrentados na contenção de usuários mal-intencionados. A empresa explicou que a falha técnica também possibilitou que os perfis bloqueados exibissem elementos como foto de perfil, foto de capa e biografia do usuário em aplicativos móveis, mas enfatizou que as publicações permaneceram bloqueadas e não foram exibidas.
O X assegurou que a discrepância observada foi resultado de um problema técnico isolado e não representou uma violação das ordens judiciais proferidas pelo STF e pelo TSE. A empresa reafirmou seu compromisso em respeitar as decisões judiciais vigentes e em colaborar com as autoridades competentes.
