Na sexta-feira, 19, a polícia paulista deteve três indivíduos, com idades entre 19 e 49 anos, suspeitos de estarem ligados ao sumiço do soldado da Polícia Militar, Luca Romano Angerami, membro do 3º Batalhão de Polícia Metropolitano, localizado no Guarujá, litoral do estado.
Segundo informações do Estadão, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) comunicou que a Polícia Civil, com o suporte da Polícia Militar, está investigando o caso. Desde o último domingo, 14, as autoridades estão em busca de Angerami, e para isso, mobilizaram 250 agentes para a região com a finalidade de localizar o soldado.
Os suspeitos foram detidos por policiais militares, que executaram mandados de prisão temporária emitidos pela Justiça na última sexta-feira. Um veículo foi confiscado e seu motorista, ainda não identificado, está sob investigação. Os registros das ocorrências foram feitos no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos e na Delegacia de Guarujá.
A SSP informou que o carro onde o agente estava foi localizado no mesmo dia por policiais militares rodoviários, abandonado na Rodovia Cônego Domênico Rangoni.
No último domingo, um homem de 36 anos foi preso na Vila Santo Antônio, no Guarujá. A secretaria declarou que ele teria admitido informalmente sua participação em um suposto homicídio do policial, mas, ao ser levado à delegacia, expressou o desejo de se pronunciar apenas em juízo.
Na terça-feira, 16, a PM encontrou o corpo de um homem na região do Guarujá, mas a SSP afirmou que não havia evidências de que fosse o policial desaparecido. Aproximadamente 250 policiais foram enviados para a Baixada para auxiliar nas buscas por Luca Romano Angerami.
A resposta da polícia de São Paulo é semelhante às ações da Operação Escudo, iniciada após a morte de um soldado da Rota, em agosto do ano passado, e da Operação Verão, que se desdobrou em novas fases logo após a morte de agentes em operação.
As operações policiais resultaram em mais de 80 mortes de civis nos dois períodos. Organizações denunciaram excessos na atuação policial, o que é refutado pela secretaria.