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A juíza Cláudia Cristina Cristofani, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, solicitou mais tempo para análise e pausou o julgamento das ações que requerem a cassação do mandato do senador Sergio Moro. A decisão ocorreu após um empate no voto do juiz José Rodrigo Sade.
Antes da sessão, houve debates sobre a imparcialidade de Cristofani, motivados pela divulgação de uma foto dela com Moro, datada dos anos 90. Na sessão, ela prometeu retomar o julgamento na próxima segunda-feira, enfatizando a necessidade de uma decisão bem-considerada.
Este é o segundo adiamento do julgamento das acusações do PT e do PL contra Moro, relacionadas a abuso de poder econômico e outras irregularidades na campanha de 2022.
Na entrevista, Cristofani negou amizade com Moro e defendeu a legitimidade da foto. O presidente do TRE-PR, Sigurd Bengtsson, também apoiou Cristofani, descartando qualquer descredibilidade.
No TRE-PR, a expectativa é que Cristofani não se declare impedida de julgar Moro, pois ela já relatou favoravelmente em casos anteriores, incluindo a aprovação das contas de campanha de Moro e a rejeição de pedidos de impugnação de sua candidatura.
Os partidos PT e PL, aparentemente, não buscarão o impedimento de Cristofani, considerando que tal ação poderia ser contraproducente. Caso Cristofani seja impedida, o substituto seria o desembargador João Pedro Gebran Neto, amigo de longa data de Moro e apoiador de suas decisões na Operação Lava-Jato, incluindo o aumento de penas em casos como o do triplex do Guarujá.