Após acusar Luis Cláudio Lula da Silva, o filho mais novo do presidente Lula, de violência doméstica, a médica e militante do PT, Natália Schincariol, expressou sua insatisfação com o silêncio do partido nas redes sociais. Desde que fez a denúncia, ela não recebeu qualquer manifestação de apoio do PT, ao qual é filiada.
Por outro lado, representantes bolsonaristas tentaram estabelecer contato. Nas últimas semanas, Natália foi contatada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pela deputada Carla Zambelli (PL-SP). Em uma dessas ligações, chegou a ser convidada para participar de uma transmissão ao vivo, convite que agradeceu, mas recusou.
Segundo informações da revista Veja, ao ser questionada sobre o contato, Carla Zambelli preferiu não comentar. Tentativas de contato com Eduardo Bolsonaro pela revista não obtiveram resposta até a publicação da reportagem.
No início do mês, Natália registrou um boletim de ocorrência contra Luis Cláudio, alegando ter sido vítima de agressões após descobrir traições do parceiro, com quem estava há dois anos. No registro, a médica relatou que as agressões eram físicas, verbais, psicológicas e morais, e que chegou a ser atingida por uma cotovelada na barriga durante uma discussão.
Luis Cláudio nega categoricamente as acusações, que considera infundadas. Em comunicado divulgado por seus advogados, ele afirma que tomará as medidas legais cabíveis contra a ex-companheira.
“Fomos informados das declarações infundadas feitas pela médica, que atribui ao nosso cliente agressões inexistentes e fantasiosas. Tais mentiras são passíveis de punição por calúnia, injúria e difamação, além de indenização por danos morais. Portanto, serão tomadas as medidas legais cabíveis”, afirma a nota assinada por Carmem Tannuri, advogada de Luis Cláudio.
Fontes próximas a Natália revelaram que ela tentou entrar em contato com o presidente e a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, após o ocorrido. No entanto, suas ligações não foram atendidas nem retornadas.