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A organização criminosa conhecida como Comando Vermelho criou uma estrutura para auxiliar dois fugitivos da prisão de Mossoró, fornecendo-lhes chips e celulares. Essa medida tinha o objetivo de dificultar o trabalho de rastreamento da Polícia Federal.
No entanto, a polícia foi capaz de identificar esses contatos e determinar a área onde os fugitivos poderiam estar localizados. Apesar de desafios como a instabilidade das torres de celular na região, os policiais conseguiram rastrear a localização dos fugitivos. Quando foram capturados pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal em Marabá, Pará, eles estavam com oito celulares.
Os líderes do Comando Vermelho enfatizaram seu apoio aos fugitivos, fornecendo logística, escolta, armas e dinheiro, e declararam que não abandonariam aqueles que fazem parte do grupo.
Os fugitivos foram recapturados a uma distância de 1.600 km do local de onde escaparam, após terem feito um buraco na cela em 14 de fevereiro. Após a fuga, vários presos foram transferidos da prisão de Mossoró, incluindo Fernandinho Beira Mar, um dos líderes do Comando Vermelho.
A prisão dos fugitivos ocorreu em Marabá, após uma operação da Polícia Federal em conjunto com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado. A operação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal na BR-222.
As investigações indicaram que os fugitivos haviam chegado à Região Metropolitana de Belém e planejavam deixar o país. Em 4 de abril, a Polícia Federal interceptou um comboio de três veículos transportando os fugitivos e os deteve na ponte sobre o Rio Tocantins.
Além dos dois fugitivos, mais quatro homens foram presos, suspeitos de fazer parte da rede de apoio. A polícia apreendeu um fuzil, veículos e celulares.
Os fugitivos foram levados para a delegacia de Polícia Federal em Marabá e, na madrugada do dia seguinte, transferidos de volta para a Penitenciária Federal de Mossoró. Os outros detidos foram enviados ao sistema prisional do Pará.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que a unidade prisional de Mossoró foi totalmente reformada, com novos equipamentos de segurança, e que os presos ficarão separados com vistorias diárias.
A Polícia Federal continua as investigações para esclarecer as circunstâncias da fuga e identificar todos os envolvidos na rede de apoio.