A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu carros de luxo em endereços relacionados aos alvos de uma operação deflagrada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) nesta sexta-feira. Entre os veículos apreendidos, destaca-se um Volvo XC40, avaliado em R$ 200 mil. Os agentes cumpriram nove mandados de busca e apreensão em endereços nas zonas Oeste e Norte do Rio, incluindo bairros como Freguesia, Jacarepaguá e Brás de Pina. Os alvos são suspeitos de integrar uma quadrilha envolvida no tráfico de armas.
Além do Volvo XC40, também foram apreendidos um Kia UK2500 (avaliado em R$ 120 mil), um Audi Q3 (no valor de R$ 91 mil), além de um Saveiro e um Citroën C3.
Os indivíduos Jesser Marques Fidelix e Márcio André Geber Boaventura Junior, apontados como receptadores de um arsenal furtado do Exército, foram presos no Estado de São Paulo. No total, 21 metralhadoras foram furtadas do Arsenal de Guerra de Barueri em outubro do ano passado. A DRE conseguiu recuperar 19 delas um mês após o crime. Esses dois homens atuariam como fornecedores de armamentos para o Comando Vermelho, especialmente nos conflitos em Jacarepaguá, onde o domínio é disputado com grupos milicianos.
Computadores, celulares, cartões e documentos em endereços de pessoas que têm ligações com os presos — Foto: Reprodução
Audi é apreendido no Estado de São Paulo, com presos em ação — Foto: Reprodução
Segundo a Polícia Civil, Jesser e Márcio foram detidos enquanto saíam de um condomínio em Osasco Alphaville, ambos a bordo do Volvo XC40 avaliado em R$ 200 mil. O delegado Pedro Cassundé, da DRE, afirmou que a apreensão das armas e dos veículos de luxo em São Paulo, juntamente com as prisões, contribuirá para as investigações em curso.
Naquela ocasião, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) esclareceu que a contagem das armas ocorre somente quando um militar precisa manusear o armamento para manutenção ou transporte. De acordo com a norma interna, após abrir o compartimento onde as armas são guardadas, o soldado deve realizar uma contagem e registrar o número nos arquivos do Arsenal de Guerra.
Além disso, o CMSE afirmou que as metralhadoras eram consideradas “inservíveis”. O Arsenal é uma unidade técnica de manutenção, responsável também por iniciar o processo de “desfazimento e destruição” dos armamentos que não podem ser reparados.
Logo após a identificação do furto, 480 militares foram mantidos aquartelados como parte do procedimento de averiguação administrativa conduzido pelo Exército.
Em seguida, agentes da DRE do Rio de Janeiro apreenderam oito das metralhadoras desviadas. O armamento estava na Gardênia Azul, território da Zona Oeste da cidade. Outras nove metralhadoras foram encontradas em um lamaçal em São Roque, no interior paulista, pouco depois.