Os EUA e Israel estão em alerta máximo, antecipando uma retaliação iminente do Irã. Esta situação é uma resposta ao recente ataque aéreo de Israel que levou à morte de comandantes iranianos de alto escalão em Damasco. Segundo um alto funcionário dos EUA à CNN, há uma convicção mútua entre Washington e Tel Aviv de que uma retaliação iraniana é inevitável.
A colaboração estratégica entre os governos dos EUA e Israel intensificou-se, com o objetivo de se preparar para vários cenários possíveis de retaliação iraniana. O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deram prioridade a esta questão durante uma recente chamada telefônica, destacando a seriedade da situação.
Ainda há incertezas sobre como e quando o Irã responderá, mas um ataque direto a Israel é um dos cenários mais preocupantes. Tal ação poderia não apenas intensificar a tensão na região, mas também aumentar significativamente o risco de um conflito regional, algo que Biden tem se esforçado para evitar.
Segundo informações do O Antagonista, o Irã prometeu vingança após o ataque a seu complexo diplomático na Síria, que resultou na morte de pelo menos sete de seus funcionários, incluindo membros importantes da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC). A morte de Mohammed Reza Zahedi, alto comandante da IRGC, é a perda mais significativa do Irã desde a morte do general Qassem Soleimani em 2020 por ordem dos EUA.
Em resposta a esta ameaça iminente, o governo dos EUA foi rápido em se distanciar do ataque de segunda-feira, garantindo ao Irã que os EUA não tinham conhecimento prévio ou participação no ataque à embaixada. Esta postura visa reduzir a probabilidade de represálias diretas contra os EUA. Ao mesmo tempo, a vigilância sobre possíveis alvos iranianos, incluindo embaixadas e consulados nos EUA e em outros lugares, foi intensificada.
Reconhecendo a tensão e a possível escalada, Israel continua sua ofensiva contra representantes iranianos na região. Esta ação ocorre após um ataque devastador do Hamas, aliado do Irã, que resultou em perdas humanas significativas e aumento da hostilidade.
O atual cenário coloca o Oriente Médio em um ponto crítico, com a comunidade internacional observando de perto as decisões de retaliação do Irã e suas implicações para a estabilidade regional e global.
As consequências do conflito entre Israel e o Hamas são graves. O conflito em andamento em Gaza, que se intensificou após os ataques mútuos, já resultou em mais de 32.800 mortes, segundo autoridades de saúde locais. A guerra gerou uma crise humanitária iminente, com uma grande parte da população enfrentando condições desesperadoras de falta de alimentos e recursos básicos. A situação dramática em Gaza reflete a complexa dinâmica política do Oriente Médio e a necessidade urgente de uma resolução pacífica para os conflitos atuais.