Foto: Reprodução.
OMinistério Público de São Paulo entrou com uma ação civil pública contra o youtuber Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark (foto), para cobrar indenização de R$ 4 milhões por sua declaração em defesa da existência de um partido nazista no Brasil.
Durante edição do Flow Podcast, em fevereiro de 2022, o influenciador afirmou que nazistas deveriam ter direito a se organizar num partido.
Segundo o promotor Reynaldo Mapelli Júnior, de Direitos Humanos do MPSP, Monark fez “expressa defesa da criação de um partido nazista e da possibilidade de se declarar e agir como antijudeu”.
“A criação de um partido nazista representa, em síntese, a criação de um partido político feito para perseguir e exterminar pessoas, notadamente judeus, mas também pessoas com deficiência, LGBTQIAP+ e outras minorias”, afirmou Mapelli.
Alvo do STF
Em janeiro, Monark foi banido das principais redes sociais por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a quem chamou de “ditador”.
O youtuber entrou na lista do Judiciário após criticar medidas impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral durante as eleições de 2022.
Num vídeo em que Monark entrevistava o deputado federal Filipe Barros a respeito da integridade do sistema eleitoral no país, o youtuber afirmou:
“A gente vê o TSE censurando gente, Alexandre de Moraes prendendo pessoas, um monte de coisas acontecendo e, ao mesmo tempo, eles impedindo a transparência das urnas? Você fica desconfiado. Que maracutaia está acontecendo nas urnas ali? Qual é o interesse? Manipular as urnas? Manipular as eleições?”
Em setembro de 2023, ele se mudou para os Estados Unidos e se diz perseguido político. Após ser banido das redes sociais no Brasil por ordem do STF, tentou reabrir contas em outras plataformas digitais.
Créditos: O Antagonista.