Foto: Reprodução.
O jornalista Claudio Júlio Tognolli faleceu na manhã deste domingo (3), aos 60 anos, conforme confirmado por sua irmã Dora Tognolli. A causa do falecimento não foi divulgada.
Tognolli era uma figura multifacetada, além de jornalista, era músico, escritor e membro do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. Nascido em São Paulo, no bairro do Tatuapé, zona leste da capital, ele teve uma carreira prolífica e influente.
Formado em jornalismo pela USP (Universidade de São Paulo), Tognolli obteve doutorado em Ciências da Comunicação pela mesma instituição e tinha livre docência em história. Seus interesses e habilidades iam além do jornalismo, incluindo estudos musicais como violão clássico, composição e guitarra.
Ele foi um dos fundadores da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e um dos idealizadores da Cátedra Otavio Frias Filho, em parceria com o Grupo Folha, na USP. Sua contribuição para o jornalismo investigativo e acadêmico foi amplamente reconhecida ao longo de sua vida.
Tognolli contribuiu para diversas publicações, incluindo Veja, Folha de S.Paulo, Estadão, Jornal da Tarde e Consultor Jurídico. Como educador, lecionou jornalismo nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (Fiam) e na ECA-USP, começando em 1996 e 1998, respectivamente.
Ao longo de sua carreira, recebeu prêmios notáveis, como Esso, Jabuti – pelo livro “O Século do Crime” – e o Grande Prêmio Folha de Jornalismo. Além disso, publicou diversos livros abordando uma variedade de temas, incluindo música, sociedade e mídia.
Como músico, Tognolli teve participação nos primórdios da banda RPM, de Paulo Ricardo, e sua influência se estendeu para além do jornalismo, deixando uma marca indelével em várias esferas da cultura e da sociedade brasileira.
Seu legado como jornalista, educador e músico continuará a ser lembrado e apreciado por aqueles que foram tocados por seu trabalho e sua paixão ao longo dos anos.
Com informações da Folha de S. Paulo.