Foto: Adriano Machado/Crusoé
Caso de Jair Renan envolve o suposto uso de um documento falso pela empresa Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia para obter um empréstimo
O filho caçula de Jair Bolsonaro, Jair Renan, virou réu na Justiça Federal no DF, acusado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso.
O despacho é da 5ª Vara Criminal de Brasília, divulgado nesta quarta-feira, 27 de março.
O caso envolve o suposto uso de um documento falso pela empresa Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia para obter um empréstimo bancário que não foi pago.
A falsificação envolveria uma declaração de faturamento de R$ 4,6 milhões da empresa. A companhia foi fechada após a obtenção do empréstimo.
A denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDTF) atende a pedido da Polícia Civil do DF.
Empresa de Jair Renan foi fechada dias antes de operação policial
Alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal em 24 de agosto, Jair Renan é acusado de emprestar uma de eventos que supostamente faturava R$ 4,6 milhões por ano para um sócio para a obtenção de empréstimos fraudulentos.
Os investigadores suspeitam que o sócio, na verdade, pode ser um laranja. Em março, a empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia deixou de ser de Jair Renan e passou para Marcos Aurélio Rodrigues dos Santos, dono de um clube de tiro no DF.
Poucos dias antes da operação, segundo a Veja, Santos encerrou as atividades do negócio. Hoje, a empresa consta como encerrada no cadastro da Receita Federal.
“A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, ʽtesta de ferroʼ ou ʽlaranjaʼ, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas ʽfantasmasʼ, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”, disse a Polícia Civil do DF em nota oficial.
As investigações da Polícia Civil do DF foram concluídas em fevereiro deste ano.
O Antagonista